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Jornalista do semanário Canal de Moçambique alvo de rapto

Lusa | tm
31 de dezembro de 2019

Um grupo de três indivíduos desconhecidos tentou hoje (31.12) em Maputo raptar o editor executivo do semanário Canal de Moçambique, Matias Guente, avançou à agência de notícias Lusa fonte do jornal.

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Foto: Fotolia/Aaron Amat

Um grupo desconhecido tentou em Maputo raptar o editor executivo do semanário Canal de Moçambique, Matias Guente. A tentativa de rapto ocorreu por voltas das 13h (horário local) no bairro do Alto Maé, atrás do Estado Maior General, quase no centro da capital moçambicana, disse a mesma fonte à agência Lusa.

O grupo, que se fazia transportar numa viatura de marca Toyota Corola, estava armado e trazia também tacos de beisebol e de golfe, e terá seguido Matias Guente por algum tempo, tendo posteriormente tentado obrigar o jornalista a entrar no seu veículo.

Matias Guente resistiu, foi agredido e fugiu para uma oficina na zona, tendo as pessoas que estavam a passar notado e começado a gritar por ajuda, levando o grupo a fugir. O editor do Canal de Moçambique está a ser assistido num clínica em Maputo.

A agência Lusa veiculou ainda ter tentado, sem sucesso, contactar a Polícia da República de Moçambique (PRM) na Cidade de Maputo.

Agressão

Mosambik Urteil für Journalist Matias Guente - Editor Canal de Moçambique
Matias GuenteFoto: DW/Romeu da Silva

Em nota veiculada nesta terça-feira (31.12), o Instituto para a Comunicação Social na África Austral, o MISA-Moçambique, condenou veementemente a tentativa de rapto do jornalista editor do jornal Canal de Moçambique, ocorrida na cidade de Maputo.

O instituto diz que continuará a seguir o caso e que "o atentado contra Matias Guente surge na sequência de outros actos de agressão ou de assassinato contra jornalistas ou dirigentes da sociedade civil, o que representa uma afronta à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa, e em última instância à própria Constituição da República de Moçambique".

O MISA-Moçambique apelou ainda às autoridades policiais, à Procuradoria-Geral da República e aos demais órgãos de administração da justiça para que investiguem este caso e que tomem as medidas apropriadas contra os agressores.

Ao Governo, o MISA-Moçambique pede que sejam tomadas medidas concretas visando pôr fim à impunidade de que, segundo descrevem "têm gozado indivíduos envolvidos em crimes que atentam contra as liberdades fundamentais dos cidadãos".