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Kalupeteka nega acusações

Nelson Sul d'Angola / Lusa22 de janeiro de 2016

Em Angola, o líder da seita "A Luz do Mundo" começou a ser ouvido no tribunal provincial do Huambo. José Julino Kalupeteka é acusado de homicídio, resistência às autoridades e posse de arma.

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Foto: Reuters/Coroado

O tribunal provincial do Huambo começou a ouvir o líder da seita "A Luz do Mundo" esta quinta-feira (21.01). José Julino Kalupeteka é acusado de coautoria de nove crimes de homicídio qualificado consumado, crimes de homicídio qualificado frustrado e de resistência e posse ilegal de arma de fogo, na sequência de confrontos entre a polícia e fiéis da seita em abril de 2015, na Caála, província do Huambo.

Durante a primeira audição, Kalupeteka foi confrontado com questões concretas: Por que teria desobedecido às autoridades e se teria orientado os seus seguidores a fazer um ataque contra as forças de segurança. O líder da "Luz do Mundo" negou todas as acusações.

Karte Angola Sao Pedro Sume
Local dos confrontos entre polícia e fiéis da seita "A Luz do Mundo"

Kapuleteka continua a ser ouvido esta sexta-feira

Espera-se que a audição de José Julino Kalupeteka seja concluída esta sexta-feira e que, na mesma sessão, o tribunal provincial do Huambo comece a interrogar os declarantes.

A equipa de advogados de defesa, liderada por David Mendes, assim como os familiares dos arguidos recusaram-se a falar à imprensa esta quinta-feira.

Ainda assim, esta semana, Mendes disse aos jornalistas que não esperava muito da audição de Kalupeteka: "Estamos sempre a falar de generalidades [acusações], de pessoas que estão aqui por que pertenciam à igreja", justificou.

Depois dos confrontos de abril de 2015, a oposição angolana denunciou centenas de vítimas entre os fiéis. A polícia nega. De acordo com a versão oficial, morreram 13 fiéis e nove agentes.

Entre as vítimas consta o comandante da corporação no município de Caála, superintende-chefe Evaristo Catumbela, o chefe das operações da Polícia de Intervenção Rápida na província, intendente Luhengue Joaquim José, o instrutor da Polícia de Intervenção Rápida, sub-inspector Abel do Carmo, o 1º sub-chefe João Nunes, os agentes Luís Sambo, Castro Hossi, Manuel Lopes e Afonso António, assim como o delegado do Serviço de Inteligência e Segurança Interna do município da Caála, António Afonso.

Kalupeteka nega acusações