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Kiev recebe cimeira União Europeia-Ucrânia

Lusa
3 de fevereiro de 2023

Encontro vai focar-se no processo de adesão da Ucrânia ao bloco e na resposta europeia à guerra desencadeada pela Rússia. Entretanto, os EUA preparam um pacote de ajuda a Kiev que inclui mísseis de longo alcance.

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Von der Leyen mit EU-Kommission zu Gesprächen in Kiew
Foto: Uncredited/Ukrainian Presidential Press Office/AP/dpa/picture alliance

Kiev recebe esta sexta-feira (03.02) a 24.ª cimeira UE-Ucrânia com uma agenda focada, entre outros aspetos, no processo de adesão da Ucrânia ao bloco e na resposta europeia à guerra desencadeada pela invasão russa do território ucraniano.

Trata-se da primeira cimeira União Europeia-Ucrânia desde o início da ofensiva militar da Rússia, iniciada quase há um ano, e desde que o Conselho Europeu concedeu à Ucrânia o estatuto de país candidato, em junho de 2022.

As "iniciativas da Ucrânia em prol de uma paz justa e da responsabilização", "a cooperação em questões relacionadas com a reconstrução e a ajuda imediata", nomeadamente no domínio da energia, e "a segurança alimentar mundial" são os restantes pontos da agenda do encontro.

Na mesa da cimeira estarão o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Von der Leyen mit EU-Kommission zu Gesprächen in Kiew
Ursula von der Leyen e Volodymyr ZelenskyFoto: Uncredited/Ukrainian Presidential Press Office/AP/dpa/picture alliance

O décimo pacote de sanções

Na véspera do encontro, Ursula von der Leyen chegou à capital ucraniana acompanhada por mais de uma dezena de comissários europeus para um conjunto de reuniões bilaterais com o Governo ucraniano.

Em declarações feitas em Kiev, já ao lado do Presidente ucraniano, Ursula von der Leyen afirmou que a UE conta adotar o décimo pacote de sanções à Rússia até 24 de fevereiro, data em que se assinala um ano desde o início da invasão da Ucrânia. Na mesma conferência de imprensa, Zelensky acusou Moscovo de usar as suas forças armadas para "se vingar" da Ucrânia, mas também de uma "Europa livre" que apoia Kiev.

Ainda na quinta-feira, o Parlamento Europeu aprovou uma deliberação que exorta a UE a concretizar a adesão da Ucrânia e a avançar com o décimo pacote de sanções à Rússia, no mesmo dia em que o Conselho da UE adotou o sétimo pacote de assistência militar à Ucrânia, no valor de 500 milhões de euros, e uma verba de 45 milhões para financiar a Missão de Assistência Militar.

Von der Leyen mit EU-Kommission zu Gesprächen in Kiew
Comissários europeus chegaram a Kiev na quinta-feiraFoto: Ukraine Presidency/dpa/picture alliance

EUA vão enviar mísseis de longo alcance

Entretanto, os Estados Unidos vão aceder ao pedido de Kiev e enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que prepara uma ofensiva na primavera para recuperar o território conquistado pela Rússia no ano passado, revelaram esta quinta-feira autoridades norte-americanas.

Estas novas armas terão aproximadamente o dobro do alcance de qualquer outro armamento ofensivo fornecido pelos norte-americanos a Kiev, noticiou a agência Associated Press (AP).

O Governo liderado por Joe Biden irá fornecer bombas de pequeno diâmetro lançadas desde o solo, como parte de um pacote de ajuda de 2,17 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) que deve ser anunciado esta sexta-feira, segundo várias autoridades norte-americanas.

O pacote militar também incluirá pela primeira vez equipamentos para conectar todos os diferentes sistemas de defesa aérea que os aliados ocidentais entregaram a Kiev, que permitirá integrá-los às próprias defesas aéreas ucranianas, para ajudar a defender melhor os contínuos ataques de mísseis da Rússia.

Durante meses, as autoridades norte-americanas hesitaram em enviar sistemas de longo alcance à Ucrânia, com receio que fossem utilizados para atingir território russo, aumentando o conflito e atraindo os EUA para a guerra.

As bombas de longo alcance são o sistema avançado mais recente a ser entregue pelos norte-americanos, depois de inicialmente dizerem não, a par dos tanques Abrams e sistema de defesa antimísseis Patriot.

As fontes citadas pela AP garantem, no enanto, que os EUA continuam a rejeitar os pedidos de Kiev para o envio de aviões de combate F-16.

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