Linhas Aéreas de Moçambique na mira de autoridades anti-corrupção
11 de agosto de 2014
Desde a queda de uma aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) em território namibiano, em novembro de 2013, que a transportadora tem sido criticada pela forma como trabalha.
Agora, o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), uma entidade estatal, está a investigar denúncias de corrupção na empresa, veiculadas pela comunicação social moçambicana.
"Estamos a trabalhar para apurar o que efetivamente está a acontecer", garantiu o porta-voz do GCCC, Bernardo Duce. "Assim que houver conclusões, elas serão tornadas públicas."
Gestão danosa
Outras das críticas apontadas às LAM são o alegado mau atendimento, guerras intestinas e problemas técnicos nos aparelhos.
"Estas práticas em que se consubstanciava esta má gestão não constituem infrações criminais, mas são condutas que contrariam os princípios da razoabilidade e boa gestão de recursos", acrescentou Duce. "Por isso, o GCCC emitiu recomendações ao Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) para que proceda às diligências necessárias para pôr fim a esta gestão. Como sabem, a transportadora LAM é participada pelo Estado em 80 por cento."
Entretanto, o IGEPE exonerou a administradora-delegada das Linhas Aéreas de Moçambique, Marlene Manave.
A DW África tentou, sem sucesso, ouvir a nova direção das Linhas Aéreas de Moçambique.
Desde 2011, a empresa está banida de voar no espaço europeu “por problemas de segurança”. A transportadora aérea tem tentado, sem sucesso, convencer as instâncias europeias da eficácia das medidas que tomou para resolver a situação.