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IGAD reunida para impulsionar reconciliação no Sudão do Sul

Lusa | mjp
17 de dezembro de 2017

Encontro decorre à porta fechada durante alguns dias na sede da União Africana na Etiópia. Está prevista a participação do Presidente Salva Kiir mas líder da oposição armada Riek Machar não estará presente.

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Encontro entre as autoridades etíopes e os líderes sul-sudaneses (Foto de arquivo/2015)Foto: Zacharias Abubeker/AFP/Getty Images

O presidente do Conselho Executivo da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento na África Oriental (IGAD) exigiu este domingo (17.12) que as partes envolvidas no conflito no Sudão do Sul manifestem um compromisso real para a paz.

"Se os líderes políticos não o fizerem, isso resultará numa grave consequência para eles e afetará negativamente o seu povo e a região em geral", advertiu Workineh Gebeyehu, também ministro dos Negócios Estrangeiros da Etiópia.

Gebeyehu falava na abertura de uma reunião visando um recomeço do processo de reconciliação no Sudão do Sul, iniciativa da IGAD que atua como mediadora das conversações entre o Governo e a oposição sul-sudanesa.

Kiir presente, Machar envia representantes

Südsudan Waffenstillstand 01.02.2014 Addis Abeba
Salva Kiir e Riek Machar após a assinatura de um acordo na cimeira da IGAD em fevereiro de 2015Foto: Reuters/T. Negeri

Este Fórum de Revitalização de Alto Nível da IGAD, que vai decorrer à porta fechada durante alguns dias na sede da União Africana em Adis Abeba, conta com a participação de dezenas de responsáveis, incluindo os chefes da diplomacia dos países membros da Autoridade, de organizações internacionais e regionais.

Segundo a agência noticiosa espanhola EFE, está prevista a participação do presidente sul-sudanês, Salva Kiir, mas não do ex-vice-presidente e líder da oposição armada, Riek Machar, que enviou três representantes à reunião.

O Sudão do Sul é palco de uma guerra civil desde dezembro de 2013 entre as forças de Kiir, de etnia dinka, e as de Machar, da tribo nuer.

As partes assinaram um acordo de paz em agosto de 2015 que levou à criação de um governo de unidade nacional, mas em julho de 2016 reacendeu-se a violência, que levou o país à beira da fome, com 7,6 milhões dos cerca de 12 milhões de habitantes do Sudão do Sul a precisarem de ajuda, seis milhões sem acesso a alimentos suficientes e quatro milhões de deslocados.