Mau tempo deixa mortos e desalojados em Moçambique
29 de dezembro de 2017Em Moçambique, oito pessoas morreram e mais de 20 mil estão desalojadas devido às chuvas intensas que assolam as regiões centro e norte do país há pelo menos duas semanas. Cerca de quatro mil casas ficaram destruídas. O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) já decretou alerta laranja.
Segundo o porta-voz do INGC, Paulo Tomás, os comités de emergência ao nível provincial e distrital já foram ativados para estar em "prontidão, intensificar as ações de monitoria face aos eventos" que ocorreram e aos "que estão eminentes, como foi avançado pelo Moçambique (INAM)".
Ainda de acordo com o porta-voz do INGC, a assistência à população será garantida. Mas ele lembra que a cooperação dos residentes também é importante.
"Apelamos para as medidas preventivas, apelando também aos líderes locais, principalmente aos chefes de posto e de localidades para junto dos comités locais de risco de calamidades exercerem a sua autoridade para o cumprimento das medidas preventivas avançadas pelos órgãos de informação e pelas autoridades", ressalta.
Mau tempo vai continuar
Na província de Sofala, pelo menos 25 mil pessoas estão isoladas nos distritos de Nhamatanda e Gorongosa devido às chuvas que caem desde domingo.
O Instituto Nacional de Meteorologia diz que vai continuar a chover nas próximas 48 horas. Segundo o meteorologista Acácio Tembe, haverá "maior incidência para as províncias da Zambézia, Niassa, Cabo Delgado e Nampula".
O INAM promete continuar a monitorar a evolução dos sistemas tropicais, que poderão afetar também a costa centro e norte de Moçambique.
Para Agostinho Vilanculos, porta-voz da Direção Nacional de Águas, as próximas 72 horas são cruciais. "Se a precipitação persistir na região norte, a bacia de Megaruma poderá atingir o nível de alerta, mas sem grandes impactos", declarou.
O porta-voz faz uma alerta: "Importa referir que a atenção especial vai para a transitabilidade entre Chiúre e Mecúfi [distritos localizados em Cabo Delgado] nas próximas 72 horas".