Mercado de carbono: Esperança para as florestas de Madagáscar?
12 de dezembro de 2009Estima-se que em todo o mundo 13 milhões de hectares de florestas tropicais desapareçam por ano. A destruição das florestas é a principal fonte de emissões de dióxido de carbono proveniente do mundo em desenvolvimento e a segunda maior fonte em termos globais, seguindo apenas o uso de combustíveis fósseis.
Em Madagáscar, há séculos que os agricultores fazem clareiras e queimadas na floresta, um processo designado como arrasar e queimar. Como consequência disso, esta ilha do Oceano Índico tem apenas 15% da sua floresta original.
É, por isso, imperativo preservar o que resta da floresta tropical. Uma das soluções possíveis é usar o mercado de carbono como um meio para proteger o que resta das florestas tropicais no âmbito de um projecto denominado REDD.
Fundos angariados através do mercado internacional de carbono têm a possibilidade de fornecer às populações locais um incentivo para não cortarem árvores. Madagáscar poderia ganhar até 5 milhões de dólares por ano através do mercado de carbono. No entanto, primeiro há que convencer as populações locais de que é necessário proteger o que resta da floresta tropical.
Victoria Averill foi ver em Madagáscar o que resta da floresta e o que está a ser feito. Um tema adaptado por Helena de Gouveia.