Militares egípcios respondem a ataque a cristãos
4 de novembro de 2018Os suspeitos foram mortos durante em um tiroteio após uma perseguição em uma área montanhosa do deserto a oeste da província centra de Minzya, segundo comunicado divulgado pelo Ministério do Interior egípcio.
O documento não informa quando o tiroteio ocorreu, nem menciona qualquer casualidade entre as forças de segurança.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo ataque da passada sexta-feira (02.11), no qual homens armados alvejaram autocarros perto de um mosteiro, localizado 260 quilómetros ao sul da capital, Cairo, matando sete pessoas.
O Estado Islâmico não forneceu qualquer evidência para respaldar a reivindicação de responsabilidade, uma das várias ocorridas nos últimos anos. A minoria cristã do Egito tem sido alvo repetidamente de ataques.
Ainda segundo o Ministério do Interior, os suspeitos estavam a fugir das forças segurança, quando os serviços de inteligência identificaram a sua localização.
"A área foi invadida e quando foi cercada, os elementos terroristas abriram fogo contra as forças [de segurança] que responderam", lê-se na declaração.
As forças de segurança recuperaram armas, incluindo armas automáticas e rifles semi-automáticos, espingardas e munições, acrescentou o Ministério.
Várias emissoras egípcias transmitiram imagens fornecidas pelo Ministério do Interior, que mostram os corpos de homens armados espalhados pela areia do deserto.
Também este domingo, o papa Francisco expressou sua "dor após o ataque terrorista que há dois dias atingiu a Igreja Copta Ortodoxa no Egito".
"Eu rezo pelas vítimas. Os peregrinos foram mortos só porque são cristãos", acrescentou.
Os coptas, uma minoria cristã que representa 10% dos 97 milhões de habitantes do Egito, têm sido alvo repetidamente dos jihadistas do EI nos últimos anos.
O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, pediu aos cidadãos que lutem contra a discriminação religiosa.
"Quando um egípcio morre num ataque terrorista, nós sofremos e todo o povo do Egito sofre", disse al-Sisi num discurso durante um fórum de jovens que decorre em Sharm el-Sheikh.