+ Minuto a Minuto: Eleições em Moçambique +
Publicado 9 de outubro de 2024última atualização 9 de outubro de 2024Os principais acontecimentos
- Várias assembleias de voto com filas de eleitores para votar após as 18h
- CNE faz balanço positivo da votação e esclarece posição de partidos nos boletins de voto
- Observadores eleitorais descrevem "ambiente calmo" em dia de votação
- Relatados problemas de credenciação e alteração nas listas eleitorais
Fim da cobertura ao minuto das eleições na DW
Terminamos por aqui a cobertura minuto a minuto deste dia de eleições em Moçambique. Agradecemos a sua companhia.
Manica: Contagem dos votos já arrancou em várias mesas
A contagem dos votos já arrancou em várias mesas na província de Manica. Na assembleia de voto instalada na Escola Secundária 7 de Abril, em Chimoio, a DW acompanhou a divulgação dos resultados, onde estava a levar vantagem o candidato presidencial independente Venâncio Mondlane, seguido de Daniel Chapo da FRELIMO.
Disparos ouvidos em Dondo e Nhamatanda
Segundo relato do nosso correspondente na província de Sofala, foram ouvidos disparos, ao início da noite desta quarta-feira, no Dondo e Nhamatanda.
No Dondo, os disparos surgiram depois de um grupo de populares ter regressado ao ponto de votação para apreciar os editais que deveriam estar a ser fixados.
Já em Nhamatanda, a presidente de uma mesa de voto foi flagrada com boletins pré-assinalados na hora de enceramento do processo eleitoral. A cidadã foi violentada, tendo a polícia disparado para o ar para dispersar as pessoas envolvidas.
Até ao momento, a PRM ainda não esclareceu o sucedido. Prometeu pronunciar-se amanhã.
CIP denuncia tumultos em Morrumbene
O Centro de Integridade Pública denunciou, esta noite, que o STAE de Morrumbene, na província de Inhambane, "ignorou a decisão da CNE desta manhã, tendo colocado como presidentes nas mesas de voto, diretores e professores". A situação levou a que os partidos da oposição tentassem bloquear os presidentes das mesas de voto, “indevidamente nomeados”, o que levou à intervenção da polícia, que lançou gás lacrimogéneo para dispersar os cidadãos.
“Em muitos locais houve concurso público manipulado para os cargos eleitorais, tal como exigido por lei. Em vez disso, a FRELIMO nomeou formadores e decidiu que eles também deviam tornar-se presidentes de mesa de voto. Morrumbene ignorou este facto e tentou enviar pessoal para as mesas de voto, incluindo os presidentes impróprios”, lê-se no comunicado da ONG.
Niassa: Eleitores pedem celeridade nas mesas de voto em Lichinga
Eleitores inscritos na assembleia de voto na cidade de Lichinga, província de Niassa, pedem celeridade no processo de votação. De acordo com os relatos, a falta de familiaridade dos membros das mesas com as regras eleitorais está a causar atrasos significativos, levando alguns eleitores a abandonar as filas.
Ainda assim, o número de pessoas nas filas permanece reduzido, por razões ainda não apuradas.
Consórcio preocupado com possível enchimento de urnas em meios rurais
Edson Cortez, presidente do Consórcio Mais Integridade, percorreu hoje alguns distritos da província de Nampula. Em Murrupula e Mogovolas, diz, a "afluência era, em geral, baixa". Facto que, explica à DW, "cria receios que, nestes distritos longínquos, e onde não havia muita supervisão por parte dos partidos da oposição, possa haver enchimentos das urnas".
O que esperam os jovens destas eleições?
Em Maputo, muitos jovens levaram as suas preocupações às urnas nestas eleições gerais moçambicanas. Alguns exerceram o direito cívico pela primeira vez.
Já começou o apuramento dos resultados eleitorais em Gaza
Já começou o apuramento dos resultados eleitorais em Gaza
Fátima Mimbire faz duras críticas à FRELIMO
A cabeça-de-lista do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) na província de Maputo, Fátima Mimbire, deixou duras críticas ao processo eleitoral de hoje na capital moçambicana.
Na sua página da rede social Facebook, Fátima Mimbire denunciou, ao longo do dia, que os MMVs do MDM foram expulsos de algumas assembleias de voto, nomeadamente na cidade da Matola.
Consórcio Mais Integridade denuncia enchimento de urnas na Zambézia e Nampula
O Consórcio Eleitoral Mais integridade denunciou o "enchimento de urnas" nas províncias de Zambézia e Nampula e/ou de eleitores descobertos com boletins pré-marcados e votos plúrimos".
O documento, que analisa a votação em Moçambique até às 15:00, especifica que nestas províncias foram registados casos de pessoas que foram flagradas a "tentar introduzir" nas urnas boletins previamente preenchidos, sendo que outros casos são de tentativa de votar mais de uma vez.
O Mais Integridade diz ainda que registou casos de impedimento de observadores e delegados de candidatura em pelo menos 90 mesas. Refere igualmente que os casos registaram-se nas províncias de Niassa, Zambézia e Sofala, em que foram visados observadores e delegados de candidatura dos partidos RENAMO, MDM e PODEMOS.
Nampula: Ainda se vota na Escola Primária dos Belenenses
Apesar do fecho oficial das urnas estar previsto para as 18h, têm estado a ser reportados, em várias partes do país, atrasos no encerramento das mesas de voto, devido à presença ainda de muitos eleitores que não votaram. É o caso da Escola Primária dos Belenenses, em Nampula.
Eleições decorreram de forma "fluída" em zonas afetadas pelo terrorismo, diz STAE
O diretor do STAE em Cabo Delgado, Cassamo Camal, fez saber, esta tarde, que nos distritos de Quissanga, Macomia e Meluco, onde "houve focos de terrorismo", "as mesas de voto funcionaram de forma fluída".
Niassa: Eleitores ainda esperam para votar
Plataforma Decide dá conta na sua página da rede social X que, "apesar do encerramento oficial, ainda existem pessoas na fila em alguns pontos do país". Estas são imagens da Escola Básica de Namacula, em Niassa, na mesa 03.
RENAMO pede reparação de irregularidades
O partido RENAMO denunciou hoje a exclusão de membros de mesas de voto e pediu aos órgãos de administração eleitoral para reparar "irregularidades" identificadas na votação.
"A forma como o processo de votação começou hoje é o prenúncio daquilo que são as irregularidades premeditadas, a começar primeiro pela exclusão dos membros de mesas de voto dos partidos políticos a todos os níveis", referiu o porta-voz da RENAMO, Marcial Macome.
Em conferência de imprensa para fazer o ponto de situação sobre a votação que decorre em Moçambique, a RENAMO apontou a exclusão de membros de mesa de voto em algumas mesas do distrito de Chibuto, na província de Gaza, nos distritos de KaMaxaquene e KaMavota, na cidade de Maputo, nos distritos de Gilé e Maganja da Costa, na Zambézia, e em alguns pontos da província de Maputo.
A RENAMO denunciou igualmente "falta de credenciação" dos seus delegados de candidatura e apontou a suposta inutilização das credenciais que o partido previamente atribuiu aos seus membros para as eleições gerais.
"Constatamos o uso de urnas sem tampas nas várias assembleias ao longo do país e verificámos que ainda cedo já havia processo de enchimento", detalhou o porta-voz, referindo que casos foram registados na cidade de Maputo e na província de Nampula.
"Exortamos a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) a reparar de forma rápida estas irregularidades com vista a garantir um processo no qual os moçambicanos se revejam (...) É preciso que os órgãos eleitorais respeitem a vontade do povo", concluiu Marcial Macome.
Mesas de voto começaram a fechar
As mesas de votação nas eleições gerais moçambicanas começaram a encerrar às 18:00, seguindo-se um período de até 15 dias para serem conhecidos os resultados nacionais.
Numa ronda feita pela Lusa em Maputo foi possível observar eleitores a aguardar junto às mesas de voto pelas 18:00, sendo possível nestes casos receber senhas para o efeito, desde que tivessem chegado antes do horário limite.