Agostinho Vuma exige justiça após baleamento há três meses
30 de setembro de 2020Na sua primeira aparição pública, depois do baleamento em 11 de julho passado, o empresário e presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) exige à Justiça que o crime que sofreu seja esclarecido.
Quase três meses depois do ataque em Maputo que deixou o empresário em coma, Agostinho Vuma pede às autoridades que estejam mais alerta em relação a este tipo de casos.
"São atos que devem merecer uma outra atenção pelas autoridades. Mais do que uma guerra declarada tradicional, está a tratar-se de uma guerra contra empresários, contra o crescimento desse país e contra o emprego", sublinha.
Agostinho Vuma repudia o uso da violência, acrescentando que nada justifica o recurso às armas para calar a voz seja de quem for. "É minha firme esperança que a justiça seja feita e que esse crime seja rapidamente esclarecido. Quase três meses [depois], ainda não temos informação sobre os autores deste crime", lamentou.
Para isso, "a nossa sociedade poderá contar com o meu pessoal e fervoroso apoio e também dos nossos colegas da confederação que lutam pelo bem-estar da nossa sociedade", acrescentou o líder da CTA.
Indignado com a Justiça
Falando numa conferência de imprensa, esta quarta-feira (30.09), em Maputo, o empresário mostrou-se indignado por ainda não ter sido notificado pela Justiça para ajudar a esclarecer este caso.
"Sobre as testemunhas, não posso precisar, porque saí dali [do local do baleamento] inconsciente até à altura em que fui induzido em coma", esclareceu o empresário.
Visivelmente recuperado, Agostinho Vuma promete continuar destemido: "Continuarei a ser um soldado aguerrido contra todos os males que grassam na nossa sociedade, juntamente com cada um de vós, venceremos cada uma dessas batalhas que se colocam no dia a dia e que atentam contra a nossa determinação e entrega na construção de um Moçambique melhor."
Pouco depois do crime, o porta-voz da polícia na cidade de Maputo, Lionel Muchina, prometeu esclarecer o caso, já lá vão quase três meses. No entanto, até agora, não se sabe em que ponto está essa investigação.