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Moçambique: Nyusi promete responsabilização de atacantes

Lusa | rl
15 de novembro de 2019

Em declarações, esta sexta-feira (15.11), na província de Sofala, o chefe de Estado moçambicano asseverou que "não há espaço para guerra" em Moçambique e que atacantes serão responsabilizados criminalmente.

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Mosambik Präsidentschaftswahl 2019 | Filipe Nyusi
Filipe NyusiFoto: AP Photo/F. Momade

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, disse, esta sexta-feira (15.11), que orientou as Forças de Defesa e Segurança para capturarem os autores dos ataques armados que já provocaram a morte de pelo menos 10 pessoas no Centro de Moçambique.

"Todos dizem que não estão envolvidos. Já que ninguém quer assumir [os ataques], nós orientamos as Forças de Defesa para perseguir essas pessoas para que sejam responsabilizadas", afirmou Filipe Nyusi, à margem de um comício na vila de Gorongosa, província de Sofala, onde inaugurou novas infraestruturas.

Para o chefe de Estado, os desafios que se apresentam no atual contexto moçambicano não deixam espaço para novos conflitos, cujas consequências afetam também os países vizinhos de Moçambique. "Os nossos vizinhos passam por estas estradas e pagam ao país por isso. Não há mais espaço para guerra aqui e nós não podemos passar toda a vida nisto", referiu.

Lei da Amnistia

Nyusi lembrou ainda que a Lei da Amnistia, aprovada este ano para evitar responsabilizações criminais sobre atos cometidos entre 2014 e 2016, como resultado do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado a 06 de agosto, não vai cobrir novos crimes.

"A Lei da Amnistia é para trás e não para frente. Por isso, vamos perseguir, apanhar e responsabilizar criminalmente estas pessoas porque este é o momento de trabalhar e isso só é possível com paz", concluiu.

Os ataques armados contra viaturas na Estrada Nacional Número 1, no centro de Moçambique, já provocaram pelo menos 10 mortos. Em alguns ataques, as autoridades responsabilizaram guerrilheiros da RENAMO.

No entanto, em entrevista à DW, Ossufo Momade, líder do principal partido da oposição, negou que a RENAMO esteja envolvida.

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