Moçambique: Assembleias provinciais tomam posse no dia 20
7 de janeiro de 2025A decisão foi tomada segunda-feira, na 38.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, realizada em Maputo, através de um decreto aprovado "sob proposta da Comissão Nacional de Eleições".
O Conselho Constitucional de Moçambique (CC) proclamou em 23 de dezembro a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, como vencedora das 10 assembleias provinciais, elegendo assim todos os governadores de províncias do país.
De acordo com os dados proclamados pela presidente do CC, Lúcia Ribeiro, a FRELIMO elegeu para governador da província de Maputo Manuel Tule, com 461.257 votos (49,88%).
Em Gaza, o partido no poder elegeu a cabeça-de-lista Margarida Chongo com 437.921 votos (78,23%), enquanto em Inhambane elegeu para o cargo Francisco Pangula, onde conseguiu 268.514 votos (70,45%).
Em Sofala, elegeu Lourenço Bulha para governador com 403.391 votos (66,02%), em Manica, somou 357.883 votos (76,55%), sendo Francisca Tomás governadora, enquanto Pio Matos foi eleito na Zambézia, com a FRELIMO a conseguir 474.965 votos (56,61%).
Domingos Viola vai ser governador de Tete, onde o partido conseguiu 658.350 votos (78,56%).
Dados apresentados apontam Eduardo Abdula como governador de Nampula, onde a FRELIMO somou 413.270 votos (50,71%).
Valige Tauabo fica como governador de Cabo Delgado, onde o partido no poder conseguiu 247.672 votos (61,54%), e em Niassa a FRELIMO obteve 178.757 votos (69,20%), colocando Elina Judite no cargo de governadora.
FRELIMO conquistou a maioria
Num total de 867 mandatos para as dez assembleias provinciais, a FRELIMO conquistou igualmente a maioria, de acordo com a proclamação do CC, tendo elegido 624 membros, seguida da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) com 97, Podemos com 67, Movimento Democrático de Moçambique (MDM) com 58, Revolução Democrática (RD) com seis, Partido Humanitário de Moçambique (Pahumo) com oito, o Partido da Reconciliação Nacional (PARENA) com cinco e o Partido de Renovação Social (Pareso) com dois.
Para a província de Maputo, a FRELIMO ficou com 48 mandatos, o PODEMOS com 31, o MDM com três e a RENAMO com quatro.
Em Gaza, a FRELIMO conquistou 67 assentos, o MDM ficou com seis, o Parena conseguiu cinco mandatos. Em Inhambane, o partido no poder obteve 63 mandatos, a RENAMO 10, o MDM seis e o Pareso dois.
Na província de Sofala, a FRELIMO ficou com 64 mandatos, o MDM somou 15 e a RENAMO quatro mandatos, enquanto em Manica, o partido no poder conseguiu 67 mandatos, a RENAMO 10 e o MDM cinco mandatos.
Em Tete, a FRELIMO totalizou 69 mandatos, a RENAMO 10 e o MDM sete mandatos, sendo que na Zambézia, o partido no poder conseguiu 63 mandatos, a RENAMO 19 mandatos, o PODEMOS 13 e o MDM quatro.
Em Nampula, a FRELIMO obteve 63 mandatos, o PODEMOS conseguiu o seu melhor resultado, com 23, a RENAMO obteve 13 e o MDM quatro, enquanto em Cabo Delgado, o partido no poder conquistou 60 mandatos, a RENAMO 12, o Pahumo oito e o MDM cinco.
Em Niassa, o partido no poder conseguiu 60 mandatos, a RENAMO 11, a RD seis e o MDM três.
Só desde 21 de outubro, os confrontos com a polícia e manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados, já provocaram cerca de 300 mortos e quase 600 pessoas foram baleadas, segundo dados de organizações não-governamentais moçambicanas.