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Moçambicanos ameaçam protestar contra custo de vida

Lusa
8 de julho de 2022

A Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM)-Central Sindical ameaça organizar uma manifestação nacional contra a subida do custo de vida no país, anunciou esta sexta-feira (08.07) fonte oficial.

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População sente o aumento dos preços nos mercados e noutros setores da sociedadeFoto: Romeu da Silva/DW

"O movimento sindical reserva-se do direito de mobilizar uma manifestação ou greve à escala nacional como forma de mostrar o seu repúdio pelo elevado custo de vida", disse Alexandre Munguambe, secretário-geral do sindicato.

A organização ameaça realizar a manifestação caso verifique que o Governo moçambicano não está a tomar medidas para "tirar do sufoco os trabalhadores, famílias e toda a população", referiu o responsável.

Análises independentes já alertaram que Moçambique é um dos países africanos com elevado risco de convulsões sociais associadas à degradação das condições de vida provocadas pela crise combinada da alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, devido à invasão russa da Ucrânia.

BG Mosambik | Alltag und Militarismus in Cabo Delgado
Preços mais elevados dificultam o quotidiano dos moçambicanosFoto: Roberto Paquete/DW

Redução do IVA

A OTM pede ainda que se reduza o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em produtos de primeira necessidade, serviços básicos e combustíveis para aliviar o custo de vida em Moçambique.

O Governo anunciou um subsídio aos transportadores coletivos das capitais provinciais, para evitar paralisações espontâneas como as que ocorreram na segunda-feira em Maputo e que deixaram a capital a meio-gás.

Em reação, a OTM exigiu que o Governo tome "medidas eficazes" para mitigar a subida de preços no país, ao invés de "entreter a população com promessas de distribuir dinheiro" ou com "projetos sem pés para andar".

"O movimento sindical exige tomada de medidas claras e eficazes para o controlo dos preços dos bens e serviços básicos", frisou Alexandre Munguambe, referindo que o salário mínimo do país "não cobre sequer 50% do cabaz" das famílias.

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