Moçambique: INGD pede ajuda após ciclone Freddy
14 de março de 2023O ciclone Freddy, que atingiu vastas regiões no centro de Moçambique, matou, feriu, desalojou e destruiu residências, infraestruturas sociais e económicas.
Escolas, casas de cultos e outros locais são agora abrigos temporários.
Ângelo Bernardo, um dos afetados, conta que o ciclone destruiu quase todos os seus pertences. E pede ajuda.
"Na minha casa, não tirei nada. Eu sou pai de cinco crianças e consegui socorrer todas", disse Bernardo em declarações à DW.
Alberto João, outra vítima do ciclone Freddy, procurou refúgio num centro de acomodação, de que teve conhecimento através das mensagens difundidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia e autoridades governamentais.
"Eu perdi o tecto e toda a água que caiu inundou a minha casa", diz João. "Espero que o sol saia para me reerguer, estou aqui porque não tenho espaço onde morar. Na sala onde estou há 80 famílias, 20 homens, 45 mulheres e 27 crianças."
INGD pede mais apoios
Segundo o vice-presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Gabriel Monteiro, a instituição precisa de 7,2 mil milhões de meticais (mais de 105 milhões de euros) para apoiar as vítimas do ciclone tropical e outras pessoas desalojadas devido à época das chuvas, que deverá prolongar-se até finais de março ou princípios de abril.
"Estamos a conversar com os parceiros", adiantou Monteiro. "Não estamos só a falar de valores monetários, mas também de bens alimentares e não alimentares."
O INGD prevê que as intempéries venham a afetar mais de dois milhões de pessoas.