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Moçambique: Mais de 50 ilícitos na campanha eleitoral

Lusa
8 de outubro de 2024

A caça ao voto terminou com um saldo de 54 ilícitos, avança a Polícia da República de Moçambique (PRM). Mesmo assim, a campanha eleitoral foi "um sucesso" na avaliação da corporação.

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Cidadão passa por muro coberto de cartazes de partidos políticos moçambicanos
Foto: Alfredo Zuniga/AFP/Getty Images

Os 45 dias de campanha eleitoral em Moçambique – encerrada no último domingo (06.10) – foi "um sucesso", apesar dos 54 ilícitos registados – incluindo nove considerados graves.

A informação foi avançada esta segunda-feira (07.10) pelo comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, em Maputo.

"Registamos 54 ilícitos eleitorais, maioritariamente foram de danificação do material eleitoral que foram 26 casos. Nove [ilícitos] foram ofensas corporais graves, com consequências graves, que em algum momento algumas pessoas podem concorrer para inaptidão física", disse Rafael, durante uma parada na capital moçambicana.

A imagem mostra Bernardino Rafael, comandante-geral da Polícia da República de Moçambique
Bernardino Rafael: "A campanha eleitoral foi um sucesso para todos os intervenientes"Foto: DW

Segundo o comandante-geral, entre os 54 ilícitos registados em consequência de algumas "emoções exageradas", consta também o incêndio de três viaturas e uma ameaça com recurso a arma de fogo, além de outros casos de "dimensão menor".

O "sucesso" da campanha eleitoral

Apesar dos ilícitos, o responsável assinalou sucesso da campanha eleitoral, considerando que a polícia atuou de forma "profissional, ética e deontológica" e com "disciplina e paciência", garantindo a segurança e proteção de todos os atores do processo.

 "No geral nós consideramos que a campanha eleitoral foi um sucesso para todos os intervenientes e temos a obrigação de agradecer aqueles que facilitaram para o sucesso do trabalho da polícia", declarou Bernardino Rafael.

Radar DW: Os ilícitos da "pré-campanha" em Moçambique

Polícia desconhece associação da corporação

Na ocasião, o comandante-geral disse não reconhecer a Associação Moçambicana de Polícias, considerando-a ilegal.

"Nós não estamos organizados em associações, aliás, as Forças de Defesa e Segurança são proibidas constitucionalmente de ter associações. Aquela associação não representa a polícia", disse Bernardino.

Moçambique realiza esta quarta-feira, 9 de outubro, as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.

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