Moçambique: Nampula irrequieta em tempo eleitoral
Desde 25 de setembro que as ruas de Nampula vivem a agitação política, ligada às eleições autárquicas. Festa e tentativas de agressão bloqueadas pela polícia, revelam o misto de emoções, a dois dias das eleições.
Ilícitos eleitorais: membros da RENAMO detidos e outros ilibados
As autoridades Policiais de Nampula registaram quatro ilícitos eleitorais, de acordo com Zacarias Nacute, porta-voz da corporação. Entre eles, o destaque vai para vandalização de materiais de propaganda e começo de campanha antes das horas previstas (no primeiro dia). Todos estes casos de ilícitos, incluindo detenções, foram protagonizados pelos membros da RENAMO contra a FRELIMO.
Presença policial
A Polícia da República de Moçambique tenta manter a segurança e calma, nas ruas de Nampula. As autoridades já foram obrigadas a intervir em tentativas de confrontos principalmente entre membros da FRELIMO e da RENAMO.
Vandalização de materiais preocupa os partidos
A vandalização de materiais eleitorais está a inquietar quase todos os oito partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores. As acusações são mútuas. Há quem diga que esta medida visa enfraquecer-lhes no processo.
RENAMO quer ganhar para melhorar a cidade
O partido RENAMO, através do seu cabeça de lista, Paulo Vahanle, garantiu colocar a terceira maior cidade moçambicana na rota do desenvolvimento, promovendo a construção de mais infraestruturas socioeconómicas, água, luz, construção de estradas entre outras.‘‘ Mas para que tudo isso aconteça, depende do voto de todos os munícipes de Nampula’’, disse.
AMUSI promete limpar a cidade
O partido Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI) compromete-se, caso vença as eleições, fazer a cidade de Nampula a mais bela de Moçambique. Esta formação politica, de acordo com Mário Abino, o seu cabeça de lista, o seu governo poderá melhorar a higiene e salubridade da cidade e promover mais serviços, tais como: água, energia, estradas, entre outros.
RENAMO cola panfletos em local proibido
Os membros e simpatizantes do partido RENAMO, iniciaram a sua campanha eleitoral, colando panfletos em local de culto, sobretudo na igreja Monte Sião, onde outrora funcionou um cinema. Mas menos de 24 horas depois, os panfletos foram retirados.
Órgãos eleitorais pedem civismo aos políticos
O presidente da Comissão Provincial de Eleições, Daniel Ramos, exortou os partidos políticos e grupo de cidadãos, que concorrem às eleições de 10 de outubro, para que possam transformar este processo (campanha e dia de votação) numa verdadeira festa e que sejam ordeiros e civilizados. ‘‘Não vamos tolerar situações que possam manchar o processo’’, disse.
MDM vai acarinhar vendedores informais
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz que os vendedores terão quase todo o tipo de apoio na sua governação, caso recupere a cidade que perdeu nas eleições intercalares deste ano a favor da RENAMO, de acordo com Fernado Bismaque, cabeça de lista do MDM.
Mais emprego para jovens
O Movimento Alternativo de Moçambique, um dos mais recentes partidos e que concorre pela primeira vez, promete criar mais postos de trabalho para os jovens da cidade do norte do país, caso vença as eleições autárquicas em Nampula
Jornalistas formados
Mais de 40 jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social, na província de Nampula, foram formados pelos órgãos de administração eleitoral em matéria da legislação eleitoral e código de conduta durante este período eleitoral. A medida visava preparar os profissionais de comunicação social para uma boa conduta na cobertura, evitando violar a lei.
PLDS quer vencer em homenagem a Amurane
O partido Liberal para o Desenvolvimento Sustentável (PLDS), que se autoproclama de Mahamudo Amurane, antigo edil assassinado por desconhecidos, em outubro do ano passado, diz que vai vencer as eleições em homenagem ao seu fundador. ‘‘Queremos concretizar os projetos de desenvolvimento que o nosso fundador almejava para os nampulenses’’, disse Aly Aberto, cabeça de lista do PLDS.
FRELIMO garante governo inclusivo
Amisse Cololo, cabeça de lista da FRELIMO, assegura criar um governo municipal inclusivo, em que todos serão ‘‘presidentes’’ e terão palavra na sua governação. ‘‘Os munícipes sentir-se-ão bem governados. Isso é só possível com a FRELIMO, sublinhou.