Pelo menos cinco mortos no último dia de manifestações
11 de novembro de 2024Moçambique, e sobretudo Maputo, a capital, viveram paralisações de atividades e manifestações convocadas desde 21 de outubro por Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, que dão vitória à Daniel Chapo e à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
As manifestações, maioritariamente violentas, deixaram um rastro de destruição em Maputo, com registo de mortos, feridos, detidos, infraestruturas destruídas e estabelecimentos comerciais saqueados, sobretudo em 07 de novembro.
Segundo dados apresentados esta segunda-feira (11.11) pela Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana Plataforma Eleitoral Decide, três das mortes ocorreram na cidade de Maputo, uma na província de Inhambane, no sul do país, e outra na província de Tete, no centro de Moçambique.
A plataforma Decide contabilizou igualmente 38 baleados, sendo a cidade de Maputo com maior número de casos (32), seguida da província de Inhambane com três baleados, província de Maputo com um, em igual número com as províncias da Zambézia, no centro do país e de Tete.
A ONG indica ainda que das 164 pessoas detidas, em confrontos entre manifestantes e a polícia, 61 casos foram registados na capital do país, 51 na Zambézia, 25 em Nampula, no norte do país, oito em Inhambane, seis na província de Maputo, quatro em Sofala, centro de Moçambique, um em Gaza, no sul, em igual número em Tete.
Acrescenta que fora do país, em resultado de manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais em Moçambique a 09 de outubro, pelo menos sete pessoas foram detidas em Angola.