1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
DesastresMoçambique

Moçambique: Tempestade "Filipo" destrói centenas de casas

Silaide Mutemba (Maputo)
13 de março de 2024

A tempestade tropical severa "Filipo" afetou milhares de moçambicanos. Em Maputo, há registo de, pelo menos, uma morte num acidente de viação devido às chuvas fortes. Os autarcas contabilizam os danos.

https://p.dw.com/p/4dUE0
Danos provocados pela tempestade tropical "Filipo" em Maputo
Foto: Romeu da Silva/DW

A tempestade "Filipo" obrigou centenas de famílias a passar a noite em claro, na capital  moçambicana. Centenas de casas ficaram inundadas, sobretudo em bairros propensos a enchentes como o caso de Costa de Sol, Maxaquene, Liberdade, Machava e Nkobe.

"Passámos mal, basta chover e ninguém dorme nesta zona. Não temos como. Estamos a pedir ajuda", disse uma vítima.

Uma pessoa morreu num acidente de viação devido às chuvas fortes, segundo a edilidade de Maputo. Várias árvores foram derrubadas.

O presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, Rasaque Manhique, visitou alguns bairros periféricos da capital para se inteirar dos estragos e deu orientações para que se melhorem as condições nos centros de acomodação provisórios.

"Estamos a ver aqui que não temos redes e temos de ver como funcionam as casas de banho. Temos de ser muito flexíveis para acolher as pessoas e melhoramos algumas condições", afirmou.

SENSAP "em prontidão"

A delegada do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco (INGD) na província de Maputo, Sara Matches, refere que os estragos causados pela tempestade são enormes e, neste momento, decorrem ações de levantamento dos danos provocados para apoiar as famílias afetadas.

"Todos temos é de ter cautela até que o fenómeno se acalme", alertou.

Chuvas torrenciais alagaram bairros e valas não transbordaram
Chuvas torrenciais alagaram bairros e valas não transbordaramFoto: Romeu da Silva/DW

O comandante do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), Romão Manhiça, disse à imprensa que a corporação está em prontidão para responder a eventualidades, sobretudo em operações de busca e salvamento.

"A primeira coisa que temos de fazer é salvar vidas e, depois, sensibilizar as pessoas que estão nas zonas identificadas na província, para poderem ir para sítios mais seguros", disse Manhiça.

Esta noite, a chuva e o vento abrandaram. Mas prevalecem as dificuldades de transitabilidade e acesso às áreas afetadas devido ao nível das águas. O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que estava a ajudar na resposta.