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Estado de DireitoNíger

Níger: Força militar da CEDEAO "está pronta"

gcs | Reuters | AFP | Lusa
18 de agosto de 2023

Comissário para assuntos de segurança diz que basta ter "luz verde" e a força da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental pode ser enviada para o Níger, para restabelecer a ordem depois do golpe militar.

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Abdel-Fatau Musah, comissário para os Assuntos Políticoas, Paz e Segurança da CEDEAO
Abdel-Fatau Musah, comissário para os Assuntos Políticoas, Paz e Segurança da CEDEAOFoto: Richard Eshun Nanaresh/AP/dpa/picture alliance

O comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse hoje que já está marcado o "Dia D" para o envio da missão militar para o Níger, caso os líderes do bloco deem autorização para avançar.

"Estamos prontos […] o Dia D também ficou decidido", afirmou Abdel-Fatau Musah, recusando-se a avançar a data. "Já decidimos e ajustámos o que será necessário para a intervenção", acrescentou Musah no final de uma reunião de dois dias dos chefes de segurança da CEDEAO, que teve lugar em Acra, capital do Gana.

Ainda assim, segundo o comissário, há tempo para dialogar com a junta golpista no Níger: "Enquanto falamos, estamos também a preparar uma missão de mediação para o país. Por isso, não fechámos nenhuma porta".

A missão diplomática "poderá" visitar o Níger já este sábado, de acordo com a CEDEAO.

Linha vermelha

Até agora, as tentativas de negociação entre as duas partes falharam, mesmo depois de um ultimato da CEDEAO, há quase três semanas, que dava sete dias aos militares golpistas do Níger para restaurar a ordem constitucional no país e libertar o Presidente deposto Mohamed Bazoum, ameaçando usar a força em caso de incumprimento.

CEDEAO discute possível intervenção militar no Níger

O comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança disse hoje que foi traçada agora uma linha vermelha, pois não poderá haver tentativas de diálogo "eternamente". O objetivo da CEDEAO, sublinhou Abdel-Fatau Musah, é restaurar a ordem constitucional no Níger o mais depressa possível após o golpe de Estado, a 26 de julho.

A ONU anunciou que é esperado "em breve" no Níger o representante do secretário-geral para o Sahel, Leonardo Santos Simão, para tentar encontrar "uma solução pacífica para a crise".

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