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Novo Governo de iniciativa presidencial toma posse em Bissau

DW (Deutsche Welle) | Lusa
21 de dezembro de 2023

O novo Governo de iniciativa do Presidente Umaro Sissoco Embaló toma posse esta quinta-feira, em Bissau. Carlos Pinto Pereira foi reconduzido como MNE no executivo liderado pelo primeiro-ministro Rui Duarte de Barros.

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Rui Duarte de Barros foi nomeado primeiro-ministro do novo Governo de iniciativa do Presidente Umaro Sissoco Embaló
Rui Duarte de Barros é o novo primeiro-ministro da Guiné-BissauFoto: DW

O novo executivo de iniciativa do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é composto por 24 ministros e nove secretários de Estado, entre os quais vários dirigentes do PAIGC.

O economista Rui Duarte Barros foi nomeado como novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau na quarta-feira (20.12), dia em que Sissoco Embaló exonerou do cargo Geraldo Martins, eleito pela coligação eleitoral PAI-Terra Ranka, vencedora das eleições legislativas de junho com maioria absoluta.

Geraldo Martins, dirigente do PAIGC, tinha sido reconduzido no cargo a 13 de dezembro, depois do Presidente Umaro Sissoco Embaló anunciar a dissolução do Parlamento.

Também ontem, Carlos Pinto Pereira, dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), foi reconduzido no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

Carlos Pinto Pereira foi o advogado que defendeu o PAIGC nas lutas judiciais dos últimos anos, travadas com o ex-Presidente José Mário Vaz. Mais recentemente assistiu nos tribunais Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e líder do parlamento.

Nomeado chefe da diplomacia guineense no Governo da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), formada por PAIGC e outros partidos, Pinto Pereira acabou por se manter no atual executivo.

Geraldo Martins tinha sido reconduzido no cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau há uma semana
Geraldo Martins tinha sido reconduzido no cargo de primeiro-ministro há uma semanaFoto: privat

Coligação não reconhece o novo Governo

O Presidente guineense dissolveu o Parlamento e demitiu o Governo da PAI-Terra Ranka no passado dia 4, evocando uma grave crise no país, na sequência de confrontos entre os militares dias antes, situação que considerou tratar-se de uma "tentativa de golpe de Estado".

A coligação não reconhece o novo Governo e avisou que não caucionaria a entrada dos seus dirigentes. Além de Rui Duarte de Barros e Carlos Pinto Pereira, figuram no novo executivo outros dirigentes do PAIGC.

José Carlos Esteves foi reconduzido no Ministério dos Transportes e Telecomunicações, Aly Hijazy, antigo secretário nacional do PAIGC, foi nomeado ministro da Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social e Mário Muzante da Silva é o ministro das Pescas e Economia Marítima.

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O novo elenco

Maria do Céu Monteiro, antiga presidente do Supremo Tribunal de Justiça, é a nova ministra da Justiça e Direitos Humanos. Também Soares Sambu, até aqui chefe da Casa Civil da presidência da República, volta ao governo para ocupar as funções de ministro da Economia, Plano e Integração Regional.

Outros dirigentes do Madem G15 que integram o novo executivo são: Marciano Silva Barbeiro, ministro da Administração Territorial e do Poder Local, Maria da Conceição Évora, ministra da Comunicação Social, Fidelis Forbs, ministro das Obras Públicas Habitação e Urbanismo, Viriato Soares Cassamá, ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática e Herry Mané, ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica.

O líder do Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), Botche Candé, volta ao Ministério do Interior e da Ordem Pública, um cargo que vai desempenhar pela oitava vez. A antiga chefe da diplomacia e ativista pelos direitos das mulheres, Fatumata Djau Baldé, dirigente do PTG, regressa ao governo para liderar o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

O Partido da Renovação Social (PRS) viu os seus dirigentes Nicolau dos Santos reconduzido na chefia do ministério da Defesa, Ilídio Té no ministério das Finanças, Domingos Malu na saúde Pública e Orlando Mendes Viegas chamado para a pasta do Comércio e Indústria.

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