Encontro entre o Governo e a RENAMO está para breve
7 de julho de 2015A visita de Filipe Nyusi à província nortenha do Niassa, com a duração de quatro dias, terminou nesta segunda-feira (07.07). Esta foi a primeira presidência aberta do Presidente moçambicano nesta província desde que assumiu o poder no começo deste ano.
O estadista moçambicano garantiu que o seu Governo vai fazer de tudo para poupar os fundos do Estado, sobretudo nos meios de transportes durante as presidências abertas nas províncias.
A medida visa consciencializar os moçambicanos para economizarem os poucos recursos de que dispõem, disse Filipe Nyusi em Niassa: "Nós queremos aqui trazer uma mensagem prática e concreta de poupança, não só ao nosso nível, que pode até ser insignificante entre um voo para o Presidente e depois os gastos continuarem a ser feitos, por exemplo, ao nível dos distritos e das províncias. Mas o facto de as pessoas terem a consciência de que existe esta mentalidade a partir do topo, de que nós temos de poupar, para fazermos contas, quanto custa essa viagem, pensamos que isso vai continuar a todos os níveis."
Grandes gastos só se houver necessidade
Questionado pelos jornalistas sobre o uso de helicópteros nas suas deslocações aos distritos da província do Niassa, contrariamente a outras províncias em que usou viaturas, Filipe Nyusi justificou que usou helicópteros porque as estradas da província do Niassa estão em estado grave em termos da sua transitabilidade.
De acordo com o Presidente, "é uma necessidade e há momentos em que usamos meios adicionais" e falando aos jornalistas acrescentou: "Aliás, viram nesta província, porque as distâncias entre os distritos em que queriamos trabalhar eram muito grandes. Aquilo que permitir sacrificar nós vamos sacrificar, mas também o outro objetivo é estarmos muito próximos da população."
No seu regresso à capital moçambicana, o estadista moçambicano viajou num avião comercial da LAM, a companhia aérea nacional.
Ainda nesta província do Niassa, Filipe Nyusi disse, numa conferência de imprensa, que um encontro com o líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, está para breve, mas não avançou datas.
Recorde-se de que o país vive um clima de tensão política. Alguns pontos que opõem a RENAMO e o Governo da FRELIMO estão ainda em discussão no Centro de Conferências Joaquim Chissano. Por outro lado, a RENAMO exige a implementação de um governação provincial autárquico, algo que já foi reprovado pelo Parlamento. Este é o tema central a ser discutido entre os dois.