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PolíticaNíger

Níger: Mohamed Bazoum em vantagem na eleição presidencial

Lusa
31 de dezembro de 2020

Mohamed Bazoum, ex-ministro e candidato do partido do poder no Níger, lidera com larga vantagem os resultados parciais da primeira volta das eleições presidenciais de 27 de dezembro, aponta comissão nacional de eleições.

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Niger Innenminister Mohamed Bazoum
Mohamed BazoumFoto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen

Com mais de 500 mil votos de cerca de 1,2 milhões contabilizados em 81 das 266 comunas, Mohamed Bazoum, o "braço direito" do presidente cessante, Mahamadou Issoufou, segue à frente do ex-presidente Mahamane Ousmane, que contabiliza 168 mil votos num universo de 7,4 milhões de votos registados.

A confirmar-se a vitória de Bazoum na primeira volta, será a primeira vez que acontece no Níger, um dos países mais pobres do mundo, frequentemente afetado por golpes de Estado e ataques jihadistas.

A atual eleição deverá ser a primeira transição democrática entre dois presidentes eleitos no Níger, desde a sua independência, em 1960.

"Disparidades entre regiões"

Niger Tadress | Wahlen
Eleitores votam no Níger.Foto: Marou I. Madougou/DW

No entanto, devido às disparidades nas tendências de voto por região, é cedo para saber se Bazoum será bem sucedido contra os restantes 29 candidatos, incluindo o antigo Primeiro-Ministro Seini Oumarou, que segue em terceiro lugar nas contagens, com 95 mil votos, de acordo com os resultados parciais.

Segundo um porta-voz da Comissão Nacional de Eleições Independente (Céni), será preciso esperar "provavelmente até quarta ou quinta-feira" para ter o resultado final. O presidente cessante Mahamadou Issoufou, de 68 anos, não se candidatou à reeleição após os seus dois mandatos constitucionais.

Favorito para vencer a eleição, Bazoum, que tirou partido da máquina eleitoral do seu partido e do Estado, prometeu focar-se na segurança e na educação, especialmente para as crianças do sexo feminino, no país recordista mundial da fertilidade com 7,6 filhos por mulher.

Um dos principais desafios do presidente que resultar desta eleição será conter os ataques jihadistas que causaram centenas de mortos e cerca de 500 mil refugiados e deslocados desde 2010, segundo dados das Nações Unidas.

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