Oficiais da RENAMO em cargos de direção nas Forças Armadas
12 de fevereiro de 2019"A longa experiência [dos nomeados] vai de certa maneira fortalecer o aprimoramento do processo de formação militar para que tenhamos capacidade de resposta às novas ameaças", disse o ministro da Defesa moçambicano Atanásio M'tumuke, durante uma cerimónia que assinalou o ato, esta segunda-feira (11.02).
Os três oficiais já tinham sido nomeados em dezembro, mas de forma interina, o que suscitou críticas da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).
A nomeação definitiva celebrada esta segunda-feira resulta de avanços nas negociações de desarmamento, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros da RENAMO, justificou o Ministério da Defesa, em comunicado.
Tomaram posse o comodoro Inácio Luís Vaz e os brigadeiros Xavier António e Araújo Andeiro Maciacona, que passam a dirigir, respetivamente, os departamentos de Informações Militares, Operações e Comunicações do Estado-Maior General das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM).
EUA aplaudem nomeações
As decisões surgem na sequência de um memorando de entendimento (publicado no portal da presidência moçambicana), assinado em agosto de 2018, entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da RENAMO, Ossufo Momade, e que define a distribuição de diversos cargos militares entre a RENAMO e o Governo.
Os Estados Unidos felicitaram o Governo moçambicano pelas nomeações definitivas dos oficiais da RENAMO para cargos de direção nas Forças Armadas.
"Estas nomeações permanentes respeitam o espírito do acordo de desmilitarização assinado no ano transato pelo Presidente Nyusi e o líder da RENAMO, Ossufo Momade", refere um comunicado da embaixada norte-americana em Maputo distribuído na segunda-feira à imprensa.