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PAIGC indica Carlos Correia para cargo de primeiro-ministro

Braima Darame (Bissau)17 de setembro de 2015

O Supremo Tribunal de Justiça informou que compete ao Governo demitido gerir os assuntos do Estado até à criação de um novo executivo. O PAIGC já apresentou um novo nome para primeiro-ministro: o veterano Carlos Correia.

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Carlos Correia, veterano do PAIGCFoto: DW/B. Darame

O veterano do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Correia, foi nomeado para o cargo de primeiro-ministro na madrugada desta quinta-feira (17.09).

Durante uma reunião dos 69 elementos do 'bureau' político do PAIGC, o órgão decisório do partido, só uma pessoa se absteve de escolher Carlos Correia para liderar o novo Governo.

"O 'bureau' político avaliou todas as situações e deu o seu aval. Carlos Correia foi o indigitado para apresentar ao Sr. Presidente da República", afirmou o líder do PAIGC e primeiro-ministro demitido, Domingos Simões Pereira, que recusou chefiar o executivo.

Além de Carlos Correia, são vice-presidentes do PAIGC Satu Camará e Baciro Dja – respetivamente, primeiro, segundo e terceiro na hierarquia de substituição de Domingos Simões Pereira.

PR pediu três nomes, PAIGC sugere um

Na quarta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) informou que competia ao Governo exonerado que assegurasse assegurar a gestão corrente dos assuntos do Estado até à formação de um novo executivo.

O Presidente José Mário Vaz pediu ao PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas, que sugerisse três nomes para o cargo de primeiro-ministro. Em resposta, o partido só indicou um.

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"Estamos a fazer a observância escrupulosa tanto da Constituição como dos nossos estatutos, combinados com o acórdão do STJ, que esclarece todos os mecanismos que devem ser observados", afirmou Simões Pereira.

"Não basta ganhar as eleições para ter estabilidade"

Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), a segunda maior força política no Parlamento, referiu que aconselhou José Mário Vaz a encontrar "outros mecanismos" que possam garantir a estabilidade do futuro Governo a ser formado. Para o PRS, "não basta ganhar as eleições" para ter estabilidade parlamentar e governativa.

"Não basta nomear um primeiro-ministro. É preciso diagnosticar as causas desta instabilidade sucessiva", disse Mendes Pereira.

Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática, acredita que o Presidente vai cumprir e respeitar as leis do país.

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