Séniores dos maiores partidos unidos contra a violência
23 de setembro de 2015
A iniciativa que resulta da conjugação de esforços dos partidos Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), no distrito de Montepuez, em Cabo Delgado, visa essencialmente combater a violência para garantir a manutenção da paz em Moçambique.
Os políticos desdobram-se em visitas às comunidades com a missão de disseminar mensagens sobre o papel da paz e democracia na construção e desenvolvimento de Moçambique.
Assane Luciano da RENAMO explicou à DW África que, mais do que ninguém, o seu partido conhece os malefícios da guerra pelo que nunca foi apologista da mesma. “Pretendemos tranquilizar o povo que estará acompanhado pela RENAMO que pretende defender a democracia”, disse o membro sénior do partido.
Priorizar a inclusão
Para a manutenção da paz efetiva é fundamental priorizar a inclusão social e confiança mútua no seio dos moçambicanos declara por seu lado, Augusto Gilauca do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), porque “a guerra não ajuda, a guerra destrói. A melhor coisa é promover um encontro entre as partes”, acredita.
Serafim Dausse da FRELIMO é de opinião que com base no diálogo é possível ultrapassar os diferendos. Dausse entende que a paz é essencial para assegurar a convivência harmoniosa entre os moçambicanos, num ambiente de concórdia. “Não queremos que a guerra retorne, porque estaremos a atrasar o desenvolvimento moçambicano”, disse Dausse à DW África.
Com vista à promoção da cultura da paz efetiva e a manutenção da democracia em Moçambique, em diferentes pontos de Cabo Delgado, foram realizadas recentemente marchas e encontros de reflexão, organizadas pela sociedade civil e confissões religiosas.