O principal partido da oposição da Guiné-Bissau, a que pertence o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pediu ontem ao chefe de Estado que dissolva o Parlamento e convoque novas eleições.
O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) acusa o presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, de ter afrontado Sissoco Embaló e de não cumprir o regimento ao convocar as celebrações do dia da independência (24 de setembro) para Lugadjol. O Presidente da República considerou que as celebrações foram uma manifestação de um partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
À DW, Domingos Simões Pereira revela conversas que desmentem as acusações do MADEM-G15.
"Antes da saída da Assembleia Nacional Popular para Lugadjol, eu recebi no meu gabinete o vice-presidente da bancada parlamentar do MADEM, que me transmitiu informações da sua estrutura política", diz Simões Pereira. "Pude falar com o coordenador do MADEM-G15, que me assegurou que estariam presentes e subscreviam integralmente todos os aspetos que tinham sido aprovados para as celebrações do 24 de setembro".
O presidente da Assembleia Nacional Popular adianta, no entanto, que não vê "necessidade de entrar em polémicas".