Pelo menos 46 mortos em confrontos étnicos no Burkina Faso
5 de janeiro de 2019Um porta-voz do Governo do Burkina Faso revelou que "o balanço provisório destes acontecimentos dramáticos é de 46 pessoas mortas e as descobertas de corpos continuam".
"Na noite de 31 de dezembro para 01 de janeiro, em Yirgou-Foulbé, região do centro norte, terroristas mataram sete pessoas, dos quais o chefe da localidade, antes de pegarem fogo às habitações. A perseguição dos terroristas pelas populações resultou na extorsão e perda de vidas na comunidade Fulani em diferentes localidades desta região", acrescentou.
Na segunda-feira (31.12), o Governo, depois de reunião do Conselho de Ministros, decretou o estado de emergência nas províncias de Haut-Bassin, Boucle du Mouhoun, Cascades, Centro-Este, Este, Norte e Sahel.
País em estado de emergência
O estado de emergência foi decretado depois de 10 polícias terem morrido e três outros terem ficado feridos numa emboscada realizada por homens armados, em finais de dezembro, na zona de Toeni, no nordeste do país, próximo da fronteira com o Mali.
O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Jama'at nusrat al-Islam wal Muslimeen (JNIM), vinculado à Al-Qaeda, que perpetrou outras ações no Burkina Faso.
A segurança no país degradou-se nos últimos tempos, depois de vários episódios, como o atentado contra o Estado Maior do Exército do Burkina Faso e a embaixada de França em Ouagadougou. Conjuntamente com Mali, Mauritânia, Níger e Chade, Burkina Faso integra o G5 do Sahel, grupo que combate o terrorismo 'jihadista' na região.