Pequenos produtores de caju moçambicanos recebem formação para melhorar colheita
3 de novembro de 2011Moçambique é o oitavo maior produtor mundial de caju. Da colheita de 2010-2011 foram exportadas cerca de 110 mil toneladas. Metade deste volume é oriunda da Província de Nampula, onde existem 200 mil pequenos produtores. É precisamente nesta região que se materializa um projeto de cooperação com a Alemanha.
A Agência da Iniciativa Africana do Caju, em Maputo, apoia cerca de 15 mil agricultores. Um número que deverá duplicar até 2013.
De acordo com o seu diretor, Avêncio Matenga, a agência é responsável por ações de formação junto desses pequenos produtores. "Este projeto arrancou em Moçambique no ano passado e visa ensinar às pessoas as melhores técnicas de plantio de cajueiros, assim como a forma de fazer a poda e como se controlam pragas e doenças".
O controlo da qualidade da castanha de caju "é decisivo para a aceitação do cajú moçambicano nos mercados estrangeiros", frisa este responsável.
Melhores colheitas, maiores ganhos
Apesar de significativas, as exportações de caju nunca renderam muito dinheiro para quem o produz. As receitas agrícolas anuais quase não chegam a 100 dólares. Cenário que se está a alterar, segundo Avêncio Matenga.
"Nos últimos dois anos o ganho com o produto foi significativo, alguns produtores conseguiram uma receita anual avaliada entre 300 e 500 dólares norte-americanos, o que para um pequeno produtor de Moçambique é muito dinheiro", disse.
Autor: Tatiani de Souza
Edição: Helena de Gouveia / António Rocha