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Portugal reata cooperação com Guiné-Bissau

Iancuba Dansó (Bissau)
26 de julho de 2019

Chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, está na Guiné-Bissau. A visita de três dias marca a "retoma, ao mais alto nível", das relações diplomáticas e de cooperação entre os dois países.

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Chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, e homóloga guineense, Suzi BarbosaFoto: DW/ I. Dansó

Esta é a primeira vez que um governante estrangeiro visita a Guiné-Bissau desde que o país tem um novo Governo. E é também a primeira vez que um ministro dos Negócios Estrangeiros português vai a Bissau, nove anos depois da visita do antigo chefe da diplomacia portuguesa Luís Amado.

"Este é um marco histórico nas relações políticas e diplomáticas da Guiné-Bissau e de Portugal", afirmou a ministra guineense dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, antes da visita de Augusto Santos Silva.

A estadia do ministro português na Guiné-Bissau assinala o retomar do programa estratégico de cooperação entre os dois países, que esteve parado desde 2015, quando estalou a crise política guineense.

Portugal reata cooperação com Guiné-Bissau

"Aquém do potencial"

À chegada a Bissau, na quinta-feira (25.07) à noite, Santos Silva reconheceu que a cooperação entre os dois países esteve "aquém do seu potencial".

Mas "não há nenhuma razão" para que isso continue a acontecer, frisou o ministro.

Esta sexta-feira, Augusto Santos Silva encontrou-se com o Presidente guineense, José Mário Vaz, e com diferentes personalidades políticas do país. Nos encontros, o governante reforçou a vontade de Portugal de estreitar os laços diplomáticos com a Guiné-Bissau.

Segundo Santos Silva, são estas as áreas prioritárias para a cooperação: "a educação, evidentemente, a saúde, mas também a segurança e o apoio nas funções de soberania, também a economia, a agricultura e o desenvolvimento rural."

Contudo, o governante português esclarece a modalidade de funcionamento da cooperação com a Guiné-Bissau: "Cooperação, para Portugal e para a Guiné-Bissau, quer dizer parceria. É uma parceria da qual ambos os parceiros retiram benefícios. Não é um ajudar ao outro, é ajudarem-se ambos. É serem ambos companheiros de uma estrada comum: a estrada do desenvolvimento", afirmou Augusto Santos Silva.

O ministro viaja acompanhado da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Teresa Ribeiro. Antes do fim da visita, no sábado (27.07), será assinado o "Compacto Lusófono", uma iniciativa lançada em 2017 pelo Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e pelo Governo português, para financiar projetos lançados nos países lusófonos.

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