Embaló minimiza declarações de ministro da Guiné-Conacri
24 de outubro de 2020O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, falava aos jornalistas no final do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo, em Bissau, na sexta-feira (23.10).
Questionado sobre uma entrevista dada pelo ministro do Interior da Guiné-Conacri, Damantang Albert Camará, que disse estar a seguir uma pista relativa à entrada de armas no país através da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou tratar-se de notícias falsas.
"Isso é 'fake news'. Internamente temos problemas de armas, como é que vamos introduzir armas na Guiné-Conacri?", questionou.
"As pessoas têm de compreender que o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló não é um Presidente assassino, nem um Presidente da desordem. Nós lutamos para voltar a fazer parte do concerto das Nações e a Guiné-Bissau não vai associar-se a nada que possa desestabilizar outro país", salientou.
Acusação grave
Entretanto, este sábado (24.10), o analista guineense Rui Landim considerou que a acusação feita à Guiné-Bissau pelas autoridades da Guiné-Conacri de facilitar a introdução ilegal de armas naquele país "é grave".
"O Ministério do Interior disse isso claramente. Estranha-me que aqui ninguém diz nada. Isto é grave, é uma acusação com gravidade, porque nenhum país já faz essas acusações a outro e ninguém diz nada", afirmou Rui Landim à agência Lusa.
Situação preocupante em Conacri
Vários confrontos entre apoiantes do candidato Celo Dalein Diallo e as forças de seguranças eclodiram segunda-feira em Conacri e em várias cidades da Guiné-Conacri, depois de aquele candidato se ter declarado vencedor das eleições presidenciais.
Este sábado (24.10), aComissão Nacional de Eleições Independentes anunciou os resultados provisórios globais das presidenciais de 18 de outubro, que dão vitória ao Presidente Alpha Condé.
Também na sexta-feira, o Presidente da Guiné-Bissau disse que está a acompanhar com "atenção" e "preocupação" a situação na Guiné-Conacri.