Rússia anuncia sanções contra Biden e responsáveis dos EUA
15 de março de 2022A Rússia anunciou esta terça-feira (15.03) sanções contra o Presidente Joe Biden e vários altos responsáveis norte-americanos, entre os quais o chefe da diplomacia, Antony Blinken, em resposta às medidas punitivas de Washington contra Moscovo relacionadas com a Ucrânia.
Esta medida "é a consequência inevitável do curso extremamente russofóbico seguido pelo atual Governo americano", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.
O Kremlin informou que as medidas contra Biden, Blinken e vários diretores de agências do Governo norte-americano entram hoje em vigor e incluem a proibição de entrada no território russo, embora Moscovo não descarte manter "contatos oficiais" com os afetados, segundo as agências locais de notícias.
No total, 13 personalidades norte-americanas são salvo de sanções, incluindo o secretário da Defesa, Lloyd Austin, o diretor da CIA, William Burns, e a antiga secretária de Estado e ex-candidata presidencial Hillary Clinton.
Mais sanções em breve
Além dos responsáveis dos EUA, também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, integra a lista de personalidades proibidas de entrar na Rússia.
O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros avisou, entretanto, que anunciará em breve sanções adicionais a uma série de altos responsáveis, oficiais militares, políticos, empresários e personalidades dos média.
Na segunda-feira, os Estados Unidos da América, juntamente com a França, Alemanha, Itália e Reino Unido discutiram a implementação de novas medidas para responsabilizar a Rússia pela guerra na Ucrânia, incluindo a imposição de mais sanções económicas.
Já esta terça-feira, o Conselho da União Europeia adotou formalmente o quarto pacote de sanções económicas e individuais à Rússia, visando aumentar a pressão económica sobre o Kremlin e paralisar a sua capacidade de financiar a invasão da Ucrânia. O novo pacote - que inclui sanções ao oligarca multimilionário Roman Abramovich, entre outros - proíbe novos investimentos no setor da energia russo e a exportação de produtos de luxo, entre outras medidas restritivas.