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Terrorismo: RDC defende cooperação com Moçambique

Lusa
13 de fevereiro de 2021

Filipe Nyusi recebeu, esta sexta-feira (12.02), em Maputo, a ministra dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, que lhe pediu para mediar a disputa pelo lugar de secretário executivo da SADC.

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Symbolbild | Im Norden Mosambiks sind 50 Zivilisten von Dschihadisten ermordet worden
Foto: AFP/J. Nhamirre

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, recebeu, esta sexta-feira (12.02), em Maputo, a ministra dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo (RDC), Marie Nzeza, que defendeu a cooperação entre os dois países para enfrentarem uma ameaça comum, o terrorismo.  

"O presidente de Moçambique começa a enfrentar o mesmo problema" que a RDC, pelo que os dois países devem "trabalhar juntos para combater este mal", referiu Nzeza, numa alusão à insurgência armada em Cabo Delgado. 

A chefe da diplomacia congolesa falava aos jornalistas após o encontro com o chefe de Estado moçambicano, na qualidade de enviada especial do Presidente da RDC, Félix Tshisekedi. 

Manuel Gonçalves, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicano, referiu que "o terrorismo constitui um desafio para os dois países" e na reunião "vincou-se a necessidade" de troca de informações "sobre as melhores formas de combater este mal". 

Eleição da SADC

Durante o encontro, Marie Nzeza pediu ainda a Filipe Nyusi para mediar a disputa pelo lugar de secretário executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ao qual se candidatam a RDC e o Botsuana. 

Filipe Nyusi, Präsident von Mosambik
Filipe NyusiFoto: DW

A ministra congolesa solicitou ao líder moçambicano, presidente em exercício na SADC, para intervir no sentido de que "as candidaturas se entendam e não reste mais que uma" a concorrer ao lugar, mas para que tal aconteça "em termos de solidariedade e colaboração, não de confrontação". 

Filipe Nyusi pediu aos presidentes dos dois países para que continuem a articular "uma busca por consenso para facilitar a eleição do novo secretário executivo da SADC", referiu Manuel Gonçalves. 

Na ocasião, o Presidente moçambicano também pediu o apoio da RDC à candidatura do país lusófono a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o mandato 2023/2024, cujas eleições vão decorrer em 2022. 

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanentes e 10 não-permanentes eleitos por mandatos de dois anos e em que cinco são substituídos a cada ano. 

Na eleição há um número fixo de assentos para os diferentes grupos regionais em que a Assembleia Geral da ONU se divide, sendo que a candidatura de Moçambique conta com o apoio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

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