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RDC: Manifestante morto durante dispersão de protestos

AFP | Lusa | cvt
23 de novembro de 2019

Pelo menos um manifestante morreu e pessoas ficaram feridas durante a dispersão de um protesto contra os massacres de civis, na cidade de Beni, no leste da República Democrática do Congo, este sábado (23.11).

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Kongo Beni | Protest & Demonstration
Foto: Getty Images/AFP/A. Huguet

"O médico acabou de anunciar que um manifestante morreu e já foi levado para a morgue", disse um membro do movimento cidadão Luta pela Mudança, Ghislain Muhiwa Kasereka, no hospital de Beni, na República Democrática do Congo (RDC).

A morte foi confirmada à agência noticiosa AFP pelo gabinete do procurador de justiça militar, acrescentando que um polícia está no hospital em estado grave. As mesmas fontes também relataram que seis ou sete manifestantes estão em estado grave.

A polícia disparou contra os manifestantes perto do hospital e da autarquia, no centro de Beni, segundo a AFP.

Na manhã deste sábado, os moradores de Beni retomaram os protestos contra os massacres de civis na região, atribuídos às Forças Democráticas Armadas (ADF).

Beni Demokratische Republik Kongo Blauhelmsoldaten 23.10.2014
Soldados da MONUSCO em BeniFoto: Alain Wandimoyi/AFP/Getty Images

Protestos e mortes

Pelo menos 60 civis morreram em Beni e nos arredores desde o anúncio de uma ofensiva do exército congolês contra as Forças Democráticas Armadas, a 30 de outubro.

Liderados por ativistas, como os membros da Luta pela Mudança, os manifestantes denunciaram a impotência do exército e dos capacetes azuis da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) diante das Forças Democráticas Armadas.

A MONUSCO lembrou que o exército congolês lançou a sua ofensiva contra as ADF unilateralmente, sem buscar o apoio e o reforço das forças de manutenção da paz.

"A MONUSCO não pode conduzir operações numa zona de combate das FARDC (exército congolês) sem solicitação e coordenação estreita com o exército nacional. Isso pode levar a incidentes entre forças amigas", publicou numa mensagem na rede social Twitter a força da ONU.