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RDC: Martin Fayulu continua a lutar pela "verdade das urnas"

Dirke Köpp | Wendy Bashi | rl
26 de março de 2019

Félix Tshisekedi tomou posse como Presidente da República Democrática do Congo há pouco mais de dois meses. Mas a vitória continua a ser contestada por Martin Fayulu, que insiste que os resultados foram "fabricados".

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Martin Fayulu: "Serei sempre o Presidente eleito da República Democrática do Congo"Foto: Reuters/B. Ratner

Após o anúncio oficial da coligação dos partidos de Tshisekedi e do ex-Presidente do país, Joseph Kabila, a coligação Lamuka, liderada pelo opositor Martin Fayulu, reuniu-se em Bruxelas, para debater a sua estratégia futura.

Em entrevista exclusiva à DW, Martin Fayulu garante que a coligação veio para ficar e que continuará unida a lutar pela "verdade das urnas": "A estratégia [da coligação] consiste em reafirmar a nossa união. Foi o que fizemos nesta reunião de três dias. Queremos também passar de uma coligação eleitoral para uma plataforma política."

RDC: Martin Fayulu continua a lutar pela "verdade das urnas"

Jean-Pierre Bemba, Moïse Katumbi, Adolphe Muzito, Freddy Matungulu e Mbusa Nyamwisi foram alguns dos políticos congoleses de renome que se juntaram a Martin Fayulu neste encontro. Juntos, querem levar a mudança ao país.

"Nesta reunião, redefinimos a nossa estrutura. Para nós, eu serei sempre o Presidente eleito da República Democrática do Congo e ninguém me pode tirar isso. Estou convencido de que em conjunto com os outros líderes políticos da plataforma venceremos e o povo congolês alcançará a tão esperada mudança", disse Fayulu.

Digressão prossegue nos EUA

Sem avançar mais detalhes acerca dos próximos passos da coligação, Martin Fayulu fez saber que, durante a sua digressão pela Europa, e que agora continua pelos Estados Unidos da América (EUA), ouviu muitas queixas relacionadas com a transparência das eleições de dezembro.

O líder da coligação Lamuka deixou claro que exigirá veracidade nas próximas eleições locais e governamentais, marcadas para 31 de março. A RDC terá, nos próximos meses, que trabalhar na reintegração dos grupos armados que se têm estado a render, lembra ainda Martin Fayulu.

Após uma visita ao país, o subsecretário-geral para os assuntos humanitários da ONU, Mark Lowcock,  disse esta segunda-feira (25.03) que o número de pessoas que precisam de ajuda humanitária aumentou dramaticamente no ano passado para 13 milhões, entre as quais 7,5 milhões de crianças.