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Recenseamento eleitoral: Governo pede "ponto de equilíbrio"

Lusa | gcs
22 de julho de 2019

Ministra moçambicana da Administração Estatal pede "ponto de equilíbrio" entre Instituto Nacional de Estatística (INE) e órgãos eleitorais face a discrepâncias nos dados do recenseamento eleitoral na província de Gaza.

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Foto: DW

"Estamos a acompanhar, mas sabemos muito bem que tanto o STAE, a CNE e o INE trabalham e têm credibilidade, por isso vamos deixar para que, efetivamente, essas instituições possam encontrar um ponto de equilíbrio", disse a ministra da Administração Estatal de Moçambique, Carmelita Namachulua, citada esta segunda-feira (22.07.) pelo canal privado STV.

Em causa estão os dados do recenseamento eleitoral apurados pelos órgãos eleitorais, que, para o Instituto Nacional de Estatística (INE), só farão sentido nas projeções da população da província de Gaza, sul de Moçambique, em 2040. Segundo o INE, os órgãos eleitorais moçambicanos recensearam centenas de milhares de eleitores a mais do que o número da população em idade eleitoral na província de Gaza.

Mas tanto o INE como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) afirmaram à imprensa que os seus resultados são fiáveis.

O número de eleitores apurados em Gaza faz da província a única em Moçambique que conseguiu registar um número acima da população em idade eleitoral, o que pode ter um impacto nos resultados da votação nas eleições gerais de 15 de outubro.

A província de Gaza vota normalmente na Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, e a discrepância dos dados do recenseamento é vista como resultado de uma tentativa de manipulação do registo a favor desta organização política.