Sismo na Turquia e Síria faz mais de mil mortos
6 de fevereiro de 2023As autoridades locais alertam que o número de fatalidades pode ser ainda mais grave devido ao grau de destruição do sismo que atingiu a Turquia e a Síria.
Citado pela agência Associated Press, Raed Salah, que lidera os Capacetes Brancos, uma organização não-governamental de defesa civil a operar na Síria, disse que bairros inteiros colapsaram na sequência do abalo.
Equipas de salvamento continuam à procura de sobreviventes em várias cidades dos dois países, e espera-se que o número de mortos continue a subir.
Numa reação ao incidente, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, escreveu na rede social Twitter que "equipas de busca e resgate foram enviadas de imediato" para as áreas afetadas.
"Esperamos superar esse desastre juntos o mais rápido possível e com o mínimo de danos", escreveu.
Ajuda europeia
A Comissão Europeia está a coordenar o envio de equipas de resgate dos Estados-membros para se juntar às buscas por sobreviventes. O comissário europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarcic, assinalou, numa mensagem partilhada na rede social Twitter, que Bruxelas ativou o Mecanismo de Proteção Civil da UE e que as equipas de salvamento da Holanda e da Roménia já se estão a deslocar para a zona afetada.
"O Centro de Coordenação de Resposta a Emergências está a coordenar o envio de equipas de resgate da Europa", destacou o diplomata esloveno.
Por seu turno, o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da UE, Josep Borrell, sublinhou que o bloco europeu está "pronto para ajudar" os países afetados após um "devastador" sismo, que "já ceifou a vida a centenas de pessoas e feriu muitas mais". "As minhas profundas condolências às muitas famílias que perderam vidas e desejo uma rápida recuperação aos feridos. A UE está totalmente solidária com vocês", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também no Twitter.
O abalo ocorreu às 04:17 (hora local), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade. Os abalos foram sentidos também no Líbano e no Chipre, segundo correspondentes da agência France-Presse.
A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Em novembro, um sismo de magnitude 5,9 atingiu a província turca de Düzce, 200 quilómetros a leste de Istambul, deixando pelo menos 68 pessoas feridas.
O abalo aconteceu na mesma província onde um terramoto de magnitude 7,4 matou cerca de 17 mil pessoas em agosto de 1999, incluindo mil em Istambul.
Notícia atualizada às 12h35 (UTC+1).