Sudão: Oposição não arreda pé até haver governo de civis
30 de abril de 2019A Associação de Profissionais do Sudão, a principal força por trás dos protestos que levaram à queda do Presidente Omar al-Bashir, lançou um apelo à greve e à desobediência civil em resposta ao impasse na transição política do país.
O grupo acusa o Exército de tentar dispersar os manifestantes que desde o início de abril exigem junto ao Ministério da Defesa, na capital, Cartum, a entrega do poder aos civis.
Os líderes contestatários e a junta militar que assumiu o poder após a queda de al-Bashir chegaram a acordo no fim-de-semana para a formação de uma autoridade conjunta. Mas, após mais uma reunião, esta segunda-feira (29.04), mantêm-se as divergências.
Exigências de Exército e civis
"Apresentámos a visão de um conselho com sete representantes militares e trê
"O Executivo vai ser civil, mas as necessidades que nos levaram a ficar do lado do povo mantêm-se e é por isso que temos de estar no conselho soberano", acrescentou o militar.
Ainda assim, os organizadores dos protestos que levaram à queda de Omar al-Bashir continuam firmes no objetivo de limitar o poder dos militares.
"O nosso protesto vai continuar até alcançarmos todos os objetivos da revolução, como a autoridade de transição civil, com todo o seu poder executivo, para levar a cabo a revolução e a mudança. Nada nos vai desencorajar", afirma o ativista Madani Abbas Madani.