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Togo: Novos protestos pela demissão do Presidente

AFP | tms
2 de dezembro de 2017

Manifestação deste sábado (02.12) ocorreu na capital, Lomé. Oposição diz que Presidente não está aberto ao diálogo, conforme foi prometido no início de novembro.

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Na quinta-feira (30.11), outra manifestação já havia ocorrido em LoméFoto: DW

Milhares de togoleses tomaram as ruas da capital Lomé, este sábado (02.12), pela terceira vez esta semana, para pedir a demissão do Presidente Faure Gnassingbé. Os manifestantes dizem que as discussões prometidas pelo Governo não estão a ocorrer.

Gnassingbé, que está no poder há 15 anos, prometeu em novembro que o seu Governo discutiria com os grupos da oposição "dentro de algumas semanas", mas, desde então, não houve reações.

Os líderes regionais, incluindo o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, e da Guiné-Conacri, Alpha Condé, têm estado a intervir para que haja uma abertura para as negociação em ambos os lados.

"Por enquanto os Presidentes do Gana e da Guiné-Conacri estão a tentar 'medidas de apaziguamento' para que as conversações possam começar", Jean-Pierre Fabre, líder da Aliança Nacional para a Mudança, disse à agência de notícias AFP durante os protestos este sábado.

Togo Lomé - Demonstranten für Verfassungsreform und gegen Präsident Gnassingbé
Protestos em Lomé, na quinta-feira (30.11)Foto: DW/N. Tadegnon

"Protestos não vão cessar"

"Os protestos vão continuar até que as nossas exigências sejam atendidas [pelo Governo]", acrescentou Fabre.

Os protestos, que ocorrem desde agosto em várias cidades do Togo, são organizados por uma coligação de 14 partidos da oposição, que dizem que só vão aderir ao diálogo quando o Governo libertar seus apoiantes detidos.

Além disso, a coligação também quer que o Presidente suspenda a proibição de manifestações em diversas cidades do norte do país e retire as tropas do exército destes lugares.

Oposição quer mudanças

Faure Gnassingbé é Presidente desde 2005, quando assumiu o cargo ocupado anteriormente pelo seu pai, o General Gnassingbé Eyadema, que governou o Togo durante 38 anos.

Os partidos da oposição estão a manifestar-se para que seja adotado no país o limite de dois mandatos presidenciais, aplicado retroativamente, para prevenir que o atual Presidente se perpetue no poder.

"Este diálogo precisa de ser aberto e sincero", e de se focar "na saída do Presidente, seja agora ou em 2020", quando novas eleições devem ocorrer, disse Adjoa, um vendedor que participava no protesto deste sábado em Lomé.