Ucrânia: NATO vai continuar apoio político e prático a Kiev
25 de fevereiro de 2022"Estamos em total solidariedade com o Presidente, o parlamento e o Governo democraticamente eleitos da Ucrânia e com o seu corajoso povo que agora está a defender a sua pátria. Os nossos pensamentos estão com todos os mortos, feridos e deslocados pela agressão da Rússia, e com as suas famílias", indicaram no comunicado conjunto divulgado após a reunião que hoje mantiveram em Bruxelas para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Sustentando que "a NATO continua empenhada em todos os princípios fundadores que sustentam a segurança europeia, incluindo que cada nação tem o direito de escolher os seus próprios mecanismos de segurança", os seus Estados-membros declararam: "Continuaremos a fornecer apoio político e prático à Ucrânia, enquanto esta continua a defender-se, e apelamos aos outros para fazerem o mesmo. Reafirmamos o nosso apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo as suas águas territoriais. Esta posição de princípio nunca se alterará".
No comunicado, os chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica asseguraram também que "perante as ações da Rússia", retirarão "todas as consequências necessárias para a postura de dissuasão e defesa da NATO".
Depois de realizarem consultas nos termos do Artigo 4 do Tratado de Washington, asseveraram: "Continuaremos a tomar todas as medidas e decisões necessárias para garantir a segurança e a defesa de todos os aliados".
Envio de forças
"Enviámos forças defensivas terrestres e aéreas para a parte oriental da Aliança, e meios marítimos para toda a zona da NATO; acionámos os planos de defesa da NATO para nos prepararmos para responder a uma série de contingências e garantir a segurança do território da Aliança, inclusive recorrendo às nossas forças de reação; e estamos agora a proceder a destacamentos adicionais significativos de forças defensivas para a parte oriental da Aliança", especificaram.
"Enviaremos todas as forças necessárias para assegurar uma dissuasão e uma defesa fortes e credíveis em toda a Aliança, agora e no futuro", reiteraram, frisando: "As nossas medidas mantêm-se preventivas, proporcionais e não-agressivas".
"O nosso compromisso para com o Artigo 5 do Tratado de Washington é férreo. Mantemo-nos unidos para proteger e defender todos os Aliados. A liberdade irá sempre vencer a opressão", concluíram.
Guerra iniciada pela Rússia
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em três frentes sobre a Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram em território ucraniano mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, , segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e NATO, UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.