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"Será muito rápido e muito duro", avisa Medvedev

Lusa
17 de julho de 2022

O ex-Presidente russo, Dmitri Medvedev, ameaçou este domingo (17.07), a Ucrânia com a chegada do "dia do juízo final", caso as autoridades ucranianas ataquem a Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

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Dmitri Medwedew | ehemaliger russischer Präsident
Foto: Ekaterina Shtukina/SNA/IMAGO

Dmitri Medvedev o atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação da Rússia, avisou que "as consequências [do eventual ataque] são óbvias".

"Se algo semelhante acontecer, o dia do juízo final chegará em breve para todos eles [ucranianos]. Será muito rápido e muito duro", disse Medvedev, chefe de Estado da Rússia entre 2008 e 2012, durante uma reunião com veteranos da Segunda Guerra Mundial em Volgogrado, antiga Estalinegrado.

Objetivos da invasão à Ucrânia

No seu discurso, divulgado pela agência RIA Nóvosti, o político russo garantiu que os objetivos da campanha militar do Kremlin, iniciada em 24 de fevereiro, "vão ser cumpridos".

Ukraine Krieg Angriff auf Winnyzja
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS

"Podem ter a certeza de que os objetivos desta operação vão ser cumpridos. Estão relacionados com a eliminação... das ameaças ao nosso país", garantiu Medvedev.

De acordo com o ex-Presidente russo, isso abrange também os países ocidentais que "alimentam o regime" de Kiev com dinheiro e armas.

O senador russo Andrei Klishas havia já pedido a "desmilitarização" e a "desnazificação" de toda a Ucrânia devido às ameaças das autoridades ucranianas em atacar a Crimeia.

"Ameaças (...) de atacar a Crimeia ou o porto da Crimeia provam que toda a Ucrânia deve ser desnazificada e desmilitarizada, porque, caso contrário, haverá sempre uma ameaça ao nosso território, aos nossos cidadãos e à nossa infraestrutura", escreveu no serviço de mensagens Telegram.

Kiev não descarta atacar Crimeia

Oleksiy Arestovich - Berater des ukrainischen Präsidenten
Oleksiy ArestovychFoto: Office of the President of Ukraine

No passado, fontes do Ministério da Defesa ucraniano não descartaram a possibilidade de usar o sistema de mísseis norte-americano HIMARS, que Kiev começou a receber em junho, para atacar alvos militares na Crimeia.

O conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych também havia dito que a ponte da Crimeia, como fonte de abastecimento para as tropas russas, pode tornar-se alvo de um ataque assim que Kiev tiver essa "possibilidade técnica".

Arestovych acrescentou que Kiev continua fiel à promessa de não atingir o território russo, no caso de receber armas sofisticadas, mas enfatizou que "há muitos alvos [russos] no território ucraniano".

 A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

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