1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Umaro Sissoco Embaló deixa Governo da Guiné-Bissau

Lusa | ar
16 de janeiro de 2018

Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonerou esta terça-feira (16.01.) Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro.

https://p.dw.com/p/2qwjh
UN-Generalversammlung | Umaro Sissoco Embalo, Premierminister Guinea-Bissau
Foto: Imago/Xinhua

Um decreto presidencial anuncia que o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, aceitou o pedido de demissão apresentado por Sissoco Embaló, numa carta que este lhe endereçou no passado dia 12.

O decreto assinala ainda que está em curso no país um processo de diálogo com vista à procura de uma saída para a crise política, com o chefe do Estado a consultar regularmente as forças vivas da sociedade, contando com o apoio dos parceiros da África Ocidental.

Ainda não é conhecido o nome da figura que irá substituir Umaro Sissoco Embaló, que esteve no cargo de primeiro-ministro durante 15 meses.

Exoneração do PM da Guiné-Bissau é insuficiente para acabar com crise 

A exoneração de Umaro Sissoco Embaló, decretada pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, não é suficiente para acabar com a crise politica no país, defenderam alguns partidos ouvidos pela Lusa.  

João Bernardo Vieira, porta-voz do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições mas arredado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, indicou à Lusa que a exoneração de Umaro Embaló "por si só não acaba com a crise". "Esta crise só irá acabar quando o Presidente nomear Augusto Olivais primeiro-ministro, como diz o Acordo de Conacri", defendeu, referindo-se ao instrumento proposto pelos líderes da Africa Ocidental como solução para o impasse politico que dura há mais de dois anos na Guiné-Bissau.

Guinea-Bissau João Bernardo Vieira, Staatssekretär Transport
João Bernardo VieiraFoto: DW/F. Tchumá

Falando em nome do coletivo de partidos de oposição democrática, que reagrupa 18 formações políticas que contestam o Presidente José Mário Vaz, Idrissa Djalo disse à Lusa que a exoneração de Umaro Sissoco Embalo "é mais uma manobra" do chefe do Estado guineense. 

"Esta exoneração de Umaro Embaló é mesma manobra que José Mário Vaz quer fazer, como fizera com os outros primeiros-ministros que colocou e tirou do poder", observou Djalo. 

Umaro Sissoco Embalo é quinto primeiro-ministro exonerado pelo líder guineense, em três anos de mandato. O porta-voz dos partidos de oposição democrática defendeu que "desta vez" José Mário Vaz "não terá outra saída" que não passará pela nomeação de "um primeiro-ministro de consenso" que, disse, "é Augusto Olivais". 

Guinea-Bissau Jose Mario Vaz
Presidente da Guiné-Bissau, José Mário VazFoto: Getty Images/AFP/Seyllou

Contactada pela Lusa, fonte do Partido da Renovação Social (PRS), único dos cinco partidos no Parlamento guineense, que apoiou o governo de Umaro Embaló, disse que aquela formação política "para já não pretende reagir" sobre a exoneração do primeiro-ministro. 

A Lusa tentou contactar os outros três partidos com assento parlamentar, PCD, PND e UM, mas ninguém se manifestou disponível para falar. 

Saltar a secção Mais sobre este tema