UNITA acusa MPLA de a querer eliminar lentamente em Angola
9 de novembro de 2011O secretário provincial da UNITA em Benguela, Vitorino Nhany, em carta enviada ao Bispo de Benguela, Dom Eugenio Dal Corso denunciou a existência de um plano do regime angolano para silenciar militantes e quadros da direção do partido na província, com o objetivo de liquidar politicamente a organização a nível nacional.
A carta enviada ao bispo da Igreja Católica adianta que nos “nove anos posteriores aos acordos de paz”, de 2002, “só em Benguela, foram assassinados 28 militantes” do maior partido da oposição angolana.
Na semana passada, numa conferência de imprensa em Benguela, o secretário provincial da UNITA, Nhany, acusara o partido governamental MPLA, de possuir uma agenda secreta para eliminar a UNITA do cenário político angolano.
“O ponto de ordem do MPLA é o seguinte: MPLA a vencer. MPLA para sempre. Eleições sim. Poder fora do MPLA, nunca! O objetivo é destruir a UNITA, lentamente," disse.
Alerta para fraudes eleitorais
Vitorino Nhany considera que, entre as eleições de 2008 e 2012, o cenário político angolano se alterou e enfatizou a indisponibilidade da UNITA e do seu presidente Isaías Samakuva para compactuarem com as manobras políticas e eleitorais do partido liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos. “Uma fraude eleitoral em 2012 só será possível sem a existência da UNITA no planeta Terra”, precisou.
O comandante da Policia de Benguela, Antonio Maria Sita e o Bispo de Benguela, Dom Eugenio Dal Corso, contatados pela Deutsche Welle, mostraram-se indisponíveis para comentar as declarações do responsável da UNITA.
Autor: Nelson Sul d’Angola (Benguela)
Edição: Pedro Varanda de Castro /António Rocha