UNITA acusa regime angolano de simular intentonas
14 de julho de 2023Num comunicado que resume as conclusões da IX Reunião Extraordinária do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, realizada na quinta-feira (13.07), o partido liderado por Adalberto Costa Júnior diz que Angola, decorrido quase um ano após as últimas eleições gerais, "vive uma grave crise".
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) afirma que o país "caminha para um desastre político, económico e social de largas proporções", acrescentando que querem "encontrar vias para a defesa da democracia e das liberdades fundamentais".
Entre as preocupações da UNITA estão ações que atentam contra o Estado democrático e de direito, perseguição dos adversários políticos, desrespeito pela vontade dos eleitores, violação dos direitos humanos, corrupção generalizada, sequestro da comunicação social pública, instrumentalização do poder judicial e congelamento de contas bancárias dos partidos da oposição.
A UNITA acusa ainda o Presidente da República, João Lourenço, de desrespeitar a Constituição e a lei.
"O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, chama a atenção da opinião pública nacional e internacional para as consequências do clima de violência, instabilidade e insegurança que o regime tem vindo a instalar no seio da sociedade e dos cidadãos, como ambiente propício, para a simulação de intentonas e mascarar o fracasso da sua governação", lê-se no comunicado.
A UNITA reitera ainda que está disponível para o diálogo com todas as forças vivas da sociedade e deu orientação ao seu grupo parlamentar para tomar iniciativas legislativas para a defesa do Estado democrático e de direito.