África regista quase 34 mil mortos por Covid-19
20 de setembro de 2020O número de mortos em África devido à Covid-19 subiu para 33.818 nas últimas 24 horas, após o registo de mais 192 vítimas mortais, com as infeções a atingirem os 1.399.186, segundo dados oficiais.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 8.626 casos de infeção. Os recuperados são agora de 1.148.578, após o registo de mais 7.598 desde sábado (19.09).
A África Austral continua a registar o maior número de casos e mortos: 17.122 mortos e 717.048 casos. A África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza agora 659.656 casos e 15.940 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 295.072 pessoas infetadas e 9.941 mortos e na África Ocidental o número de infeções é de 171.640, com 2.562 vítimas mortais.
A região da África Oriental tem 158.507 casos e 3.125 mortos, enquanto na África Central estão contabilizados 56.919 casos e 1.068 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.750 mortos e 101.900 infetados e Marrocos contabiliza 1.795 mortos e 99.816 casos. A Argélia surge logo a seguir, tendo agora 1.665 mortos e 49.626 casos.
Nos seis países mais afetados estão também a Nigéria, com 57.145 infetados e 1.095 mortos, e a Etiópia, com 68.131 infetados e 1.089 mortos.
Subidas em Angola e Moçambique
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos. Angola regista 147 mortos e 3.901 casos, seguindo-se Cabo Verde (50 mortos e 5.186 casos) e Moçambique (41 mortos e 6.537 casos). São Tomé e Príncipe mantém há quatro dias o número de 15 mortes e 908 casos.
Também a Guiné-Bissau mantém os 39 mortos e 2.303 casos desde quinta-feira. Em entrevista à agência Lusa, a Alta Comissária para a Covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo, considerou que ainda é muito cedo para definir teorias para explicar uma evolução "menos maléfica" da Covid-19 em África, mas há qualquer coisa que é preciso estudar.
"Depois de nove meses de evolução da pandemia, tendo em conta os números que nós agora conhecemos tanto de casos, como de óbitos no continente africano, e apesar de todas as insuficiências dos nossos sistemas de informação sanitária, que sabemos que não captam todos os casos e óbitos, apesar das nossas dificuldades em termos de laboratório para diagnóstico, as previsões estão, felizmente, muito aquém daquilo que se esperava", afirmou. Para Magda Robalo, "há aqui qualquer coisa que é preciso estudar para perceber".
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 953.025 mortos e mais de 30,5 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.