100 anos de Ingrid Bergman
Quando foi para Hollywood, ela já era estrela na Suécia. Com a atuação em "Casablanca", junto a Humphrey Bogart, a atriz entrou para história do cinema. Ingrid Bergman, que completaria 100 anos, continua inesquecível.
Talento precoce
A fama que Ingrid Bergman adquiriu com filmes como "Casablanca" faz muitas vezes esquecer que, já bastante jovem, ela era uma estrela na Suécia. Filha de um alemão, a atriz nascida em 29 de agosto de 1915, em Estocolmo, foi descoberta pelo cinema em meados da década de 1930. E Hollywood não tardou a percebê-la.
Clássico de horror
Com o filme "O médico e o monstro" (1941), baseado no clássico de Robert L. Stevenson "O estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde", ela festejou nos EUA o seu primeiro sucesso. Ao lado de Spencer Tracy, a atriz brilhou no papel de Ivy Peterson, que foi assassinada pelo obsessivo Mr. Hyde.
Um sucesso após o outro
No início dos anos 1940, ela se tornou rapidamente uma das maiores estrelas do cinema mundial. Após "Casablanca", seguiram-se sucessos de público como o filme "Por quem os sinos dobram", adaptação do romance de Ernest Hemingway. Ao lado de estrelas como Gary Cooper, Bergman conquistou o coração do público americano.
Trabalhando com os mestres
A atriz foi disputada por quase todos os grandes diretores em Hollywood. Também o mestre do suspense Alfred Hitchcock ficou fascinado pela artista sueca. Juntos, eles fizeram três filmes. Sua atuação ao lado de Cary Grant em "Interlúdio", dirigido por Hitchcock em 1946, ganhou notoriedade.
Pausa na carreira
Em 1949, Ingrid Bergman distanciou-se do público americano. Ela se apaixonou pelo diretor italiano Roberto Rossellini, com quem havia filmado "Stromboli". Ambos ainda estavam comprometidos em outros relacionamentos. Isso não agradou ao público. Mas ela não se deixou intimidar. Casou-se com Rossellini, com quem teve três filhos.
Seis filmes memoráveis
Ingrid Bergman atuou seis vezes sob a direção de Rossellini, diretor que renovou o cinema europeu após a Segunda Guerra. Ele e outros cineastas criaram o chamado neorrealismo, resgatando a crítica social no cinema. Com seu talento natural, Ingrid Bergman não teve dificuldades em personificar a nova tendência em filmes como "Viagem pela Itália".
Retorno a Hollywood
Mas, em 1957, ela se separou de Rossellini. A estrela voltou mais madura a Hollywood, assumindo papéis mais desafiadores. Seu filme de retorno foi "Anastásia, a princesa esquecida", de Anatole Litvak, em que interpretou a suposta filha do czar na Rússia pós-revolucionária.
Amor recuperado
Mais uma vez, o público recebeu Ingrid Bergman de braços abertos. Já em seu filme seguinte, ela conquistou novamente o coração dos americanos. Ao lado de Cary Grant, ela atuou em 1958 na comédia "Indiscreta", dirigida por Stanley Donen.
Adeus na Europa
Na década de 1970, a atriz apareceu apenas raramente diante das câmeras, abandonando em grande parte a sua carreira cinematográfica. Em 1978, ela ainda fez uma aparição memorável em "Sonata de outono", no qual vivenciava uma intensa relação entre mãe e filha, ao lado de Liv Ullman. A atriz faleceu em 1982 no dia de seu 67° aniversário, em Londres.