12 candidatos quentes à Palma de Ouro em 2016
O novo Woody Allen, "Café Society", abriu hors-concours a 69ª edição do Festival de Cannes. Mas a coisa fica séria com a mostra competitiva, que traz veteranos e talentos promissores entre os cineastas.
Pedro Almodóvar
Antes da abertura do 69º Festival de Cannes, o diretor Pedro Almodóvar declarou que pode perfeitamente passar sem uma Palma de Ouro. Da boca para fora, tipo "a raposa e as uvas"? Difícil acreditar que o espanhol enjeite um dos principais prêmios cinematográficos do mundo caso seu drama de mãe e filha "Julieta" (na foto, a atriz Adriana Ugarte) consiga se impor diante dos demais 20 concorrentes.
Irmãos Dardenne
Os belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne concorrem com "La fille inconnue" (A moça desconhecida), sobre uma jovem médica (Adèle Haenel) que se culpa por ter recusado cuidados a uma mulher em apuros. Casos os irmãos saiam este ano com o prêmio máximo do festival, vai ser quase injustiça, pois já o levaram para casa duas vezes, em 1999 e 2005.
Ken Loach
Famoso por seu olhar tão implacável quanto carinhoso sobre as classes desfavorecidas, o inglês Ken Loach também já ostenta uma Palma de Ouro na estante. Sua nova película, "I, Daniel Blake", enfoca um homem de 59 anos forçado a recomeçar a vida após um infarto. Para tal, conta com a ajuda de uma mãe solteira de dois filhos.
Cristian Mungiu
O romeno Cristian Mungiu é outro bom conhecido do festival na Côte d'Azur, já tendo vencido em 2007 com o tocante drama de aborto "4 meses, 3 semanas e 2 dias". Sua atual contribuição, "Bacalaureat", conta sobre um pai que coloca toda sua ambição na educação da filha. No entanto, pouco antes dos exames finais, acontecimentos imprevistos colocam em perigo os planos da dupla.
Asghar Farhadi
O cineasta iraniano Asghar Farhadi entrou para a seleção oficial no último momento, com seu recém-concluído "Forushande" (O vendedor). Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Urso de Ouro da Berlinale em 2011, aqui ele relata a história de um jovem casal cuja relação é profundamente afetada por uma mudança de casa e por ocorrências dramáticas.
Olivier Assayas
Olivier Assayas é um dos quatro franceses que participam da mostra competitiva em Cannes. "Personal shopper" é uma história de fantasmas contemporânea, ambientada no submundo da moda parisiense. A americana Kristin Stewart ("Crepúsculo") representa uma mulher insatisfeita com o emprego e saudosa do irmão gêmeo morto. Uma das numerosas coproduções alemãs do festival.
Jim Jarmusch
Já vencedor da Palma com um curta-metragem em 1993, o veterano Jim Jarmusch é um dos três americanos concorrentes em 2016. Ele apresenta "Paterson", sobre o cotidiano de um motorista de ônibus (Adam Driver) em Paterson, Nova Jersey, para quem cada dia é igual aos outros – mas sempre diferente.
Jeff Nichols
Três meses depois de enfrentar a competição no Festival de Berlim, o americano Jeff Nichols tem a honra de estar entre os 21 grandes concorrentes em Cannes, com "Loving". O título se refere ao processo "Loving versus Virginia", de 1967, em que o estado da Virgínia, no leste dos Estados Unidos, aboliu a proibição de casamentos "interraciais".
Sean Penn
"The last face", quinta direção do também ator Sean Penn, eleva significativamente o coeficiente hollywoodiano no festival francês. A chefe de uma organização humanitária (Charlize Theron) e um médico (Javier Bardém) lutam para salvar a própria relação amorosa, tendo como pano de fundo a desesperadora situação nos países africanos Sudão e Libéria, devastados por guerras e catástrofes naturais.
Paul Verhoeven
Após anos de cinema não comercial na Holanda, Paul Verhoeven foi para Hollywood, emplacando sucesso mundial com "Instinto selvagem", de 1992 – e depois colecionou fiascos. De volta à Europa, ele leva a Cannes a coprodução franco-alemã "Elle". Isabelle Huppert encarna a inescrupulosa diretora de uma firma de vídeo-games, cuja vida muda depois que ela é atacada em casa por um agressor mascarado.
Nicolas Winding Refn
Há anos o dinamarquês Nicolas Winding Refn vem atraindo a atenção dos meios cinematográficos com histórias excêntricas, personagens bizarras, humor negro e uma boa dose de violência. Produzido pelos estúdios Amazon, "The Neon Demon" injeta elementos de horror ao narrar a trajetória de uma jovem e bela modelo em Los Angeles.
Maren Ade
Após oito anos de vacas magras em Cannes para o cinema alemão, tendo como único consolo as muitas coproduções, "Toni Erdmann", de Maren Ade, atrai atenções e desperta esperanças na seleção oficial. A diretora e roteirista de 39 anos aborda uma complicada relação de pai e filha, protagonizada por Sandra Hüller e Peter Simonischek.