1972: Proibição de armas químicas e biológicas
O uso de armas biológicas é "inconciliável com a consciência humana", diz o preâmbulo do tratado que proíbe a sua utilização. "Todo o esforço é necessário para minimizar o risco."
O tratado assinado em 1972 por Washington, Londres e Moscou proibiu a pesquisa, a produção e o armazenamento deste tipo de arma no mundo inteiro. Os acordos posteriores possibilitaram um controle mais efetivo dos programas armamentistas, antes que eles se tornassem um perigo maior.
O acordo reduziu o número de nações em poder de armas químicas e implantou barreiras para o comércio de produtos químicos destinados à fabricação de armas.
Enquanto os políticos negociavam a assinatura do acordo, houve uma verdadeira corrida armamentista. As armas químicas e biológicas tornaram-se, para certos países, uma alternativa para fazer frente à superioridade militar do Ocidente. Como disse o ex-ministro do Exterior do Iraque na época, Tarik Asis, "são a bomba atômica dos pobres".
O Iraque teria tido um arsenal de armas biológicas e químicas pronto para ser utilizado durante a Guerra do Golfo, segundo revelaram os serviços secretos. A ameaça dos Estados Unidos de responder com um ataque nuclear teria feito os iraquianos recuarem.
Promessas foram quebradas
Um cientista da ex-União Soviética afirmou ter participado do desenvolvimento de cinco novos tipos de armas químicas, que são de oito a dez vezes mais mortais que o antraz.
Este bacilo é o mais usado nas armas biológicas. Um só grama contém milhões de doses mortais. Normalmente, produz uma grave infecção em animais, que ocasionalmente pode transmitir-se ao homem. Pode ser encontrado, praticamente, em qualquer pasto.
As armas biológicas e químicas têm a vantagem de serem baratas, em comparação com as armas nucleares. Sua vantagem é que podem ser fabricadas secretamente e facilmente empregadas.
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