"2015 será o ano da nossa vitória", diz presidente da Ucrânia
6 de janeiro de 2015O governo da Ucrânia está se preparando para uma guerra contra os separatistas pró-Rússia no leste do país, apesar das negociações de paz internacionais em curso. Nesta segunda-feira (05/01), o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, entregou aviões de guerra, morteiros e tanques blindados a militares.
"Estou convencido de que 2015 será o ano da nossa vitória", disse o líder na cerimônia de entrega, perto de Zhytomyr, no norte do país. "Para isso, precisamos de um Exército forte, patriota e bem equipado."
Paralelamente, diplomatas da Ucrânia, da Rússia, da Alemanha e da França discutiram em Berlim nesta segunda-feira a aplicação do acordo de cessar-fogo de Minsk, assinado no início de setembro do ano passado. Naquele momento, foi acordada a retirada de equipamentos pesados de guerra – exatamente o contrário do que Poroshenko está fazendo agora.
Segundo o Ministério do Exterior alemão, houve progressos em Berlim, mas também ficou claro que "ainda há muitas questões em aberto". Representantes da Ucrânia e da Rússia já haviam expressado dúvidas sobre a eficácia das negociações antes mesmo do encontro. O diplomata ucraniano Alexei Makeyev afirma que o acordo de Minsk foi interpretado de maneira diferente pelas partes envolvidas no conflito.
Entretanto, o presidente ucraniano pretende participar de novas negociações de paz na presença do líder russo, Vladimir Putin, a serem realizadas em 15 de janeiro no Cazaquistão. O presidente francês, François Hollande, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, também devem comparecer ao encontro.
Ambos os governos, da França e da Alemanha, afirmam que a realização da reunião de cúpula dependerá dos próximos acontecimentos e de avanços rumo a uma solução do conflito no leste ucraniano.
Merkel se reunirá com o com o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, nesta quinta-feira, em Berlim. Nesta segunda-feira, Hollande declarou a uma emissora de rádio que a reunião no Cazaquistão só deveria acontecer se houvesse progresso nas conversações na capital alemã.
LPF/dpa/afp