A dança dos técnicos depois da Copa
8 de julho de 2002Em muitos países, a situação é realmente caótica. É o caso da França, por exemplo, que começou a Copa como grande favorita e foi eliminada logo na primeira fase, sem ter ganho nenhuma partida e marcado nem ao menos um gol.
A crise no futebol francês é evidente. Na sexta-feira, o presidente da Federação Francesa, Claude Simonet, demitiu o técnico Roger Lemerre, responsável pelo vexame na Coréia, e que deveria permanecer no cargo até 2004.
O novo treinador da seleção francesa só será conhecido no final de julho. Três nomes estão sendo cotados. Jean-François Domergue, atualmente treinador do Le Havre, é o preferido do presidente da federação. Jacques Santini, técnico do Lyon, campeão francês da última temporada, é o favorito do ex-craque Michel Platini. E Raymond Domenech, treinador da seleção sub-21, tem a preferência de Aimé Jacquet, técnico que conduziu a França à conquista da sua única Copa, em 1998.
Camarões
- Na seleção dos Camarões, que também decepcionou na Copa, a cabeça do técnico alemão Winfried Schäfer está sendo pedida. O técnico tem prazo até o dia 15 para apresentar um novo plano de trabalho. Mas a decisão sobre a sua permanência será tomada pelo presidente camaronês, Paul Biya.Na seleção da Bélgica, eliminada pelo Brasil nas oitavas-de-final, Aimé Anthuenis, ex-técnico do Anderlecht, já tomou o lugar de Robert Waseige. O Japão já tem como certa a contratação do brasileiro Zico para substituir Philippe Troussier, embora ainda falte acertar alguns detalhes.
Na Espanha, após a demissão de José Antonio Camacho, o cargo de treinador foi assumido por Inaki Saez, que dirigia até então a equipe sub-21, segunda colocada nas Olimpíadas de Sydney. O ex-atacante Valery Gazzayev foi nomeado nesta segunda-feira (8) para a seleção da Rússia, sucedendo Oleg Romantsev, que havia se demitido logo após a eliminação da Rússia no primeiro turno da Copa.
Herói da Coréia
- Guus Hiddink, o treinador holandês da Coréia do Sul, quarta colocada na Copa, assinou um contrato de dois anos com o clube holandês PSV Eindhoven. Hiddink, 55 anos, que tornou-se um herói na Coréia, afirmou que está contente em voltar ao PSV, clube que comandou entre 1987 e 1990. Ele conquistou ai três títulos nacionais e a Copa da Holanda. Hiddink comandou também a seleção da Holanda, entre 1995 e 1998, conduzindo a equipe à semifinal, quando perdeu do Brasil na disputa de pênaltis.E finalmente no Brasil, o técnico pentacampeão Luiz Felipe Scolari pediu duas semanas de prazo à CFB para decidir se continua ou não à frente da seleção.