A felicidade começa depois do expediente
14 de agosto de 2004A maioria das pessoas extrai do trabalho a sensação de bem-estar e sucesso. É no trabalho que elas investem a maior parte de sua energia. No entanto, a sociedade de entretenimento, o passatempo depois do expediente e as atividades de lazer nunca estiveram tão em alta como agora. Até profissionais do setor de TI redescobriram o lazer.
Ser workoholic já era
Passar noites a fio em frente ao computador está fora de moda. Isto foi que demonstrou um estudo da Fundação Hans Böcker, realizado com base em entrevistas com criadores de softwares, consultores, executivos e diretores de empresas de TI. O resultado: a nova tendência é separar trabalho e vida pessoal.
Outros estudos também revelam um novo conceito de bem-estar entre os alemães. O conforto entre as quatro paredes parece ter se tornado a melhor coisa que as pessoas podem almejar. Sessenta e oito por cento dos alemães já se contentam em assistir televisão, 40% em ouvir rádio, 46% em ler jornal e comer bem em casa. Apesar das crescentes ofertas de entretenimento, parece que as pessoas redescobriram a importância do ócio para o bem-estar.
Lazer como obrigação e campeões em tempo livre
Mas isso é uma coisa que nem todos admitem. Muitas vezes a moral do trabalho ou a obrigação interiorizada de fazer algo "produtivo" leva as pessoas a transformar seu tempo livre em terapia ocupacional. Segunda-feira inline-training, terça e quinta cooper, e talvez curso de dança e aula de inglês uma vez por semana. Mas quem vive assim, é obrigado a organizar seu lazer como se fosse trabalho.
Uma recente pesquisa realizada pelo Eurostat revelou que, entre nove países da União Européia, os alemães são os que mais dispõem de tempo livre: cinco horas e onze minutos entre a população masculina (4h49 para as mulheres). Isso é mais do que o tempo que se emprega por dia com o trabalho remunerado (5h05; mulheres: 3h52) e o trabalho doméstico (1h53; mulheres 3h11). Mas o maior tempo mesmo se passa dormindo...